Com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, e da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, o Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais (Programa Cisternas) retomou as atividades após seis anos paralisado.
A iniciativa é uma importante ferramenta de promoção da segurança alimentar e nutricional, de convivência com o Semiárido e de enfrentamento das mudanças climáticas.
Em parceria com a Fundação Banco do Brasil e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Governo Federal anunciou a disponibilização de R$ 497 milhões para a execução do programa.
Precisamos buscar mais e mais soluções para ampliar o acesso a água em Pernambuco. Por isso, venho agradecer mais uma vez ao Governo Federal, ao presidente @lulaoficial, aqui representado pelo ministro Welligton Dias,(+) pic.twitter.com/4ifFSWvnw8
— Raquel Lyra (@raquellyra) November 14, 2023
Para Pernambuco, serão destinados cerca de R$ 61 milhões para a construção de cisternas no Estado, com água para consumo e produção, como Cisternas de Primeira Água, Calçadão e barragens subterrâneas.
O evento de reinício das atividades foi realizado pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) no Espaço Ciência, em Olinda, no Grande Recife. O encontro também marcou os 20 anos do Programa Cisternas.
O ato simbólico contou com a presença de mais de 3 mil pessoas entre agricultoras e agricultores, técnicos agrícolas e autoridades. No local, aconteceram shows musicais, apresentação de poetas e feira agroecológica, de forma gratuita.
Durante o evento, o ministro, a governadora e outras autoridades assinaram um termo que garante a disponibilização dos recursos e celebra a retomada de parcerias para execução da ferramenta.
De acordo com o ministro Wellington Dias, o objetivo é alcançar mais de 61 mil novas cisternas para o Brasil. “Todos sabem que o presidente Lula nasceu aqui no Nordeste, no estado de Pernambuco. Ele tem na memória, nesse período dele ainda da infância, o sofrimento da sua mãe, o sofrimento da família, das pessoas que viviam ali em torno de Garanhuns, para conseguir água. Por isso, água para todos, em variadas alternativas. E uma delas é essa tecnologia social cisterna”, comentou.
Os reservatórios serão implantados em municípios presentes no Semiárido legal nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Minas Gerais.
Segundo a governadora Raquel Lyra, em Pernambuco, dois milhões de pessoas ainda não têm acesso à água. Os recursos do Governo Federal para o Programa Cisternas no Estado se somam a uma série de investimentos que estão em execução, como a retomada das obras da Adutora do Agreste.
“Nós convivemos com o Semiárido desde sempre e agora a gente está convivendo muito fortemente com as mudanças climáticas. É mais do que urgente que consigamos ter infraestrutura adequada para permitir à população viver onde ela tem suas raízes, sua identidade, sobretudo nas zonas rurais dos nossos municípios e nos locais onde não se tem acesso à água”, disse.
A secretária de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Ellen Viégas, destacou que a retomada do programa vem de um longo anseio da população, devido à possibilidade de uma nova seca e da falta de acesso facilitado à água de qualidade em algumas regiões do Estado.
“A retomada desse programa traz não só esperança, mas também qualidade para os produtos que vão ser gerados no campo, porque é impossível produzir no campo sem água”, afirmou.
O coordenador executivo da ASA, Naidison Baptista, reiterou que a partir desta terça-feira (12) começa a construção de mais de 50 mil cisternas de consumo nas famílias e mais de 7 mil empreendimentos de água para a produção.
“É uma retomada muito forte, muito significativa, resultado da resistência das organizações. Nós não estamos aqui diante de uma bondade governamental. Nós estamos aqui diante do atendimento a um direito que foi negado por séculos à população do semiárido e que já foi atendido em parte, vai ser atendido em mais essa parte e precisa ser atendido ainda para mais de 400 mil famílias”, disse.
Com informações da Folha PE