Governo promove formação visando o combate às violências contra crianças e adolescentes no Carnaval

Por Ricardo Banana
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Além das oficinas com profissionais municipais, as equipes estaduais farão um ciclo de sensibilização na rede hoteleira, no comércio, com os barraqueiros e os taxistas, em Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, em Olinda e no Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no Recife

O combate às violências contra crianças e adolescentes é o foco do ciclo de formações de profissionais municipais e de uma série de sensibilizações a rede hoteleira, comércio, barraqueiros e taxistas dos principais pólos carnavalescos no Estado. Nesta quinta-feira (13), na cidade de Bezerros, equipes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) reuniram técnicos dos municípios de Bezerros, Triunfo, Arcoverde e João Alfredo para a oficina que abordou temas como a consolidação da rede de proteção, a identificação de casos e a forma de atendimento às vítimas. A atividade já aconteceu em Nazaré da Mata, no último dia 5.

Para dar continuidade à ação, as equipes vão realizar um trabalho de conscientização sobre as principais violações que ocorrem durante o Carnaval, como exploração e abuso sexual, trabalho infantil e venda de bebidas alcoólicas. A abordagem vai orientar e distribuir para a população materiais informativos, além de adesivar em pontos estratégicos e entrega de folders com orientações sobre os tipos de casos, como identificá-los e onde realizar a denúncia. A abordagem social vai acontecer nos pontos de folia de Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes e Olinda, além do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no Recife, entre os dias 17 e 20 de fevereiro.

A formação faz parte das ações do programa estadual Atenção Redobrada, que age em eventos de médio e grande porte desenvolvendo ações contra o trabalho infantil, a exploração sexual, o consumo de substâncias psicoativas e a venda de bebidas alcoólicas, situação de rua e outras violações de direitos a crianças e adolescentes. “As capacitações são estratégias de fortalecimento da rede de proteção onde, na perspectiva da garantia de direitos, são discutidas formas de atuação para o acolhimento da vítima, como deve ser o fluxo de atendimento e a metodologia dos espaços físicos de proteção, que são construídos nos pólos carnavalescos para acolher crianças em situação de risco e vulnerabilidade. É um momento onde conseguimos levar novos métodos de trabalho, trocar conhecimento e quebrar paradigmas”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes.

As oficinas vivenciais são ministradas pelo gerente estadual de Políticas para a Criança, Macdouglas de Oliveira. Durante os encontros, ele destaca a importância do profissional compreender a vivência das vítimas e de consolidar a rede de proteção. “Para que a gente construa política pública para a criança, a gente constrói pelo nosso olhar, pelo que eu entendo que a criança necessita. Mas precisamos também entender a fala da criança. Além disso, devemos pensar sobre a nossa rede de proteção, que tem que ser segura para não deixar de garantir os direitos. Os profissionais precisam se olhar, se reconhecer, trabalhar em conjunto. Se isso não acontece, aquela criança, aquela família estará sempre em vulnerabilidade social e sempre voltando ao serviço socioassistencial”, pontua o gerente.

 

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