“Mas é óbvio que vamos tentar até o limite das nossas forças uma aliança. Só não podemos pedir para uma pessoa abdicar de suas pretensões”, disse Haddad.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta terça-feira (21), o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) afastou a possibilidade de abrir mão de sua eventual candidatura ao governo de São Paulo em 2022, como tem sido especulado por conta das possíveis alianças do partido para a chapa presidencial encabeçada pelo ex-presidente Lula.
Segundo ele, “o mais provável é os partidos em São Paulo terem candidato próprio”. Haddad reforçou ainda que uma possível aliança entre PT e PSB na chapa presidencial não inviabiliza nenhuma das candidaturas, podendo ser uma oportunidade para “fazer um grande primeiro turno em São Paulo”.
“Temos de dois a três palanques apoiando a candidatura do ex-presidente Lula”, aponta em referência a Boulos e França. “E no segundo turno podemos unir forças para derrotar o BolsoDoria aqui”, disse.
A aliança nacional entre PT e PSB tem como principal impasse a candidatura nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Haddad, que lidera as pesquisas em São Paulo, tem o seu pleito ao Palácio dos Bandeirantes questionado porque o PSB também tem interesse em colocar Marcio França na disputa.
“O PT está bem posicionado, beirando os 30% (de votos). São 10 pontos à frente do segundo colocado, praticamente. A candidatura Lula está muito forte em São Paulo de maneira que eu acho que a gente pode fazer uma coisa inédita. Mas é óbvio que vamos tentar até o limite das nossas forças uma aliança. Só não podemos pedir para uma pessoa abdicar de suas pretensões. Agora, se no âmbito de uma negociação for possível, ótimo para São Paulo. Nós poderemos avançar muito mais, porém temos que ter clareza e respeito pelos demais partidos. O que contribui é respeitar sua autonomia de lançar candidato próprio e pavimentando o caminho do segundo turno. Temos que valorizá-lo mais porque com isso a gente ganha o segundo turno com alguém que seja mais progressista”, argumenta.
(Brasil 247).