No dia 26 de abril comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A doença que mais causa mortes no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, em 2019, cerca de 24% dos brasileiros com mais de 18 anos têm pressão alta. Para quem tem mais de 60 anos e menos de 65 a proporção chega a 47% e atinge pelo menos seis a cada dez pessoas com mais de 75 anos.
Em alusão à data, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE) faz um alerta justamente sobre os perigos relacionados à doença. Para começar, é preciso entender os fatores que levam à hipertensão: sobrepeso, sedentarismo, tabagismo e o consumo excessivo de sal. Então, para prevenir é bem simples: “adote um estilo de vida mais saudável desde a infância até a terceira idade; pratique exercícios físicos; faça exames regularmente e tenha uma alimentação balanceada”, orienta o coordenador médico e cardiologista do serviço, José Roberto Coelho.
Geralmente, a hipertensão apresenta sintomas como tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão. Mas, em geral ela é silenciosa e, por isso, é preciso fazer a aferição regular da pressão arterial. “A doença, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece medicamentos para hipertensão em unidades básicas de saúde, através das unidades farmacêuticas. A receita pode ser emitida por um profissional da rede pública, ou de hospitais e clínicas privadas ”, informa o médico.
A pressão alta, como é chamada popularmente, é a elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), conhecida como 14/9, podendo ser primária, quando geneticamente determinada ou secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde, como doenças renais, ou da tireóide. As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. O tratamento, de forma contínua, amplia a qualidade e a expectativa de vida.