IGP-10 fecha junho com deflação de 0,67%

Por Ricardo Banana
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Sem títuloCom forte influência na queda de preços ao produtor, a variação da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) fechou junho em – 0,67%. O resultado é 0,80 ponto percentual inferior ao 0,13% do IGP-10 relativo ao mês maio.

Em junho do ano passado, a variação havia sido 0,63%. Com a deflação de junho, a variação acumulada no primeiro semestre do ano ficou em 2,84% e a dos últimos 12 meses (taxa anualizada) acumula alta de 6,61%.

As informações foram divulgadas hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGB), que calcula o IGP-10 com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

A forte desaceleração nos preços que compõem o Índice de Preços ao Produtor (IPP) foi decisiva para a desaceleração do IGP-10, entre maio e junho. O IPP fechou junho com queda de 1,41%, depois de diminuição em maio de 0,22% – acumulando assim em dois meses queda de 1,63 ponto percentual.

O Ibre destacou a forte deflação dos preços do grupo bens finais (- 1,45%), resultado quase dois pontos percentuais abaixo do registrado no mês anterior (1,87%). Contribuiu para esta desaceleração o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,18% para – 12,17%: deflação de 13,35 pontos percentuais.

Os outros dois componentes do IGP-M fecharam com variações positivas, embora o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ao registrar variação de 0,39%, em junho, fechou o mês 0,17 ponto percentual abaixo da alta de maio. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo alimentação (de 1,16% para 0,13%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 2,72% para -6,49%.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos saúde e cuidados pessoais, transportes, vestuário e habitação. Em contrapartida, três classes de despesa apresentaram acréscimo em suas taxas: educação, leitura e recreação, despesas diversas e comunicação.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em junho, taxa de variação de 1,78%, acima do resultado do mês anterior, de 1,06%, sendo, portanto, o único a fechar o mês com alta de preços em relação a maio: 0,72 ponto percentual.

Fonte: Agência Brasil

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