O Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC), da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), recebeu uma importante homenagem da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), vinculada à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). O reconhecimento destaca Pernambuco como um dos três estados que mais contribuíram na categoria “identificação de pessoas desaparecidas”, considerando o número de inserções relativas no Banco Nacional de Perfis Genéticos entre novembro de 2023 e agosto de 2024.
O IGFEC, que é um dos laboratórios mais modernos do país, desempenha papel fundamental na segurança pública e no combate ao crime. Além de realizar perícias genéticas em casos criminais, o Instituto é responsável pelo armazenamento de perfis genéticos de condenados, suspeitos, vestígios coletados em locais de crime e categorias relacionadas a desaparecidos, como restos mortais não identificados e familiares em busca de entes desaparecidos.
O perito criminal Jeyzon Valeriano, gestor do IGFEC, celebrou o reconhecimento recebido. “Esse destaque nacional reflete o trabalho técnico-científico de excelência realizado pelo IGFEC e o impacto social que isso traz. Com o fortalecimento do Banco de Perfis Genéticos, conseguimos resultados em casos complexos de identificação, onde todas as outras possibilidades foram esgotadas. É a ciência a serviço da sociedade”, declarou.
Atualmente, o IGFEC já compartilhou aproximadamente 25 mil perfis genéticos com o Banco Nacional de Perfis Genéticos. Esse trabalho tem possibilitado a identificação de pessoas desaparecidas e de autores de crimes, não apenas em Pernambuco, mas também em outros estados, graças ao cruzamento automático de dados genéticos realizado pelo banco.
As coletas de DNA são realizadas regularmente com familiares que buscam desaparecidos, além de restos mortais não identificados e pessoas vivas de identidade desconhecida, geralmente em situação de vulnerabilidade. Após a análise genética no IGFEC, os perfis são inseridos no Banco de Perfis Genéticos de Pernambuco e enviados automaticamente para o Banco Nacional, ampliando significativamente as chances de localização.
Um exemplo prático do impacto desse trabalho é a possibilidade de uma mãe ou pai, ao cadastrar seu material genético no banco, encontrar um filho desaparecido que tenha sido identificado em outro estado ou mesmo em outro país, graças à integração com a Interpol. Essa tecnologia possibilita o encerramento de buscas muitas vezes longas e angustiantes, devolvendo a paz às famílias.
Fonte: Ascom