João Campos e Álvaro Porto saem fortalecidos com indicação de Rodrigo Novaes para o TCE

Por Ricardo Banana
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Próximo do prefeito do Recife, deputado sertanejo prevaleceu contra candidatura apoiada pela governadora Raquel Lyra
Além de ser um símbolo da independência da Assembleia Legislativa (Alepe), capitaneada pelo presidente Álvaro Porto (PSDB), a indicação do deputado Rodrigo Novaes (PSB) como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), aprovada nesta terça (23), também é uma vitória do prefeito do Recife, João Campos, principal liderança do PSB. Mesmo com tentativas de interferência do Palácio do Campo das Princesas, a candidatura socialista prevaleceu contra a postulação apoiada pela governadora Raquel Lyra (PSDB), o que garantiu ainda a volta à Alepe do deputado Diogo Moraes, primeiro suplente do PSB.
Rodrigo Novaes foi um aliado de primeira hora das gestões do PSB no Governo do Estado em seus mandatos passados e selou uma aproximação ainda maior com o prefeito João Campos na pré-campanha de 2022, quando se filiou ao partido. Já nas eleições, fez dobradinha com o irmão do prefeito, o então candidato a deputado federal Pedro Campos (PSB), em Floresta, a principal base de Novaes. Como postulante pelo PSB, o parlamentar sertanejo elegeu-se para o quarto mandato como deputado estadual, no ano passado, com a votação mais expressiva de sua trajetória política, obtendo 85.107 votos. Agora, assume uma cadeira no TCE mesmo militando no maior partido de oposição ao poderio do Palácio do Campo das Princesas.
Para o presidente estadual do PSB e líder do partido na Alepe, deputado Sileno Guedes, a escolha de Novaes demonstrou a força do PSB, que tem a maior bancada da Alepe, e o prestígio do prefeito João Campos entre os deputados. “Todos os três candidatos têm imensa capacidade técnica e jurídica. Pudemos ver isso pelos currículos e pela apresentação deles na comissão, pela manhã. O diferencial para a escolha de Rodrigo Novaes foi a intensa articulação em torno do nome dele, o desprestígio dos articuladores do Palácio e a demonstração de repúdio à interferência do governo nesse processo”, afirmou.


Imagem: Wesley D’Almeida

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