Jornalismo, Frevo e o Carnaval

*Por Ney Vital-Jornalista. Assessor Imprensa

A data 09 de fevereiro é conhecida oficialmente como o dia do nascimento do Frevo, tomado como referência a primeira vez que a palavra foi publicada na imprensa, no extinto Jornal Pequeno, edição 09 fevereiro de 1907.

Portanto são 106 anos de existência oficial. Mais de um Século. No Jornal do Commercio, em 2 de fevereiro de 1921, o Frevo ainda não designava gênero musical, e sim folia, um forrobodó. Frevo deriva-se do “Frever”, corruptela do verbo ferver. A música foi formatada nas ruas do Recife pelos foliões e os capoeiristas moldaram a coreografia dos passistas.

Em entrevista ao Jornal do Commercio, 8 de fevereiro de 1941, o maestro Levino Ferreira, dizia que o “Frevo tem sofrido modificações, principalmente na introdução. Antigamente era mais suave, daí a suposição de que o passo nasceu primeiro, porque a música foi se adaptando à dança, mais dinâmica e eletrizante”.

Conhecemos hoje o Frevo rasgado, exemplos, Vassourinhas(de Matias da Rocha/Joana Batista, é tão popular, este o hino não oficial do carnaval. O rádio é o principal divulgador do Frevo. O apogeu aconteceu nos anos 50 e 60 como música radiofônica. Em 1969, Caetano Veloso grava “Atrás do Trio Elétrico” e começa a discussão: Mas isto é frevo? O Frevo deveria ser modernizado?

Opino que o mais importante é o Frevo ser nosso e universal. Prova ter gravações pelos diversos mais talenosos cantores, compositores da Música Brasileira, de Luiz Gonzaga a Chico Buarque, de Jackson do Pandeiro a Elba Ramalho, de Gilberto Gil a Ney Matogrosso, de Capiba a Genival Macedo, de Sivuca, Maria Betania aos meninos e meninas recém saídos dos berços.

O essencial é que o Frevo está revitalizado. Frevo é Cultura. É Patrimônio da Cultura Brasileira.

E o melhor exemplo de revitalização é o Spokfrevo Orquestra que toca Frevo para todo mundo ouvir e dançar. Eita Frevo Bom Danado. Eita Povo Animado…

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