Legalização do aborto é tema de debate entre psicóloga, professora universitária e estudantes de Ensino Médio

Por Ricardo Banana
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Duas profissionais bastante conhecidas na região participaram de um debate sobre a legalização do aborto realizado pelo Plenus Colégio e Curso, na noite desta quarta-feira (14), em Petrolina, interior de Pernambuco. Estiveram presentes na escola a psicóloga Jonalva Paranã e a professora universitária Teresa Leonel, além dos alunos de 3ª série de Ensino Médio.

Mediado pelo coordenador do projeto, Genivaldo Nascimento, o debate foi dividido em três blocos. No primeiro, as duas debatedoras expuseram seus posicionamentos a respeito do tema, citando pesquisas, dados oficiais e experiências. Na segunda e terceira rodadas, os estudantes inscreveram seus nomes para fazer perguntas, como as consequências de um aborto ilegal para a saúde da mulher, direito natural à vida, filas de adoção, métodos contraceptivos e a fase do óvulo em que pode ser considerado ou não como feto.

No “confronto de ideias”, Jonalva posicionou-se a favor da legalização, explicando que o aborto clandestino, realidade no país, tem vitimado milhares de jovens mulheres. Citando informações da Revista Carta Capital, ela ressaltou que as principais vítimas são de origem pobre. “O mundo estar mais informado não significa necessariamente que as pessoas têm mais conhecimento e adequado acesso a ações contraceptivas”, lembrou.

Segunda a falar, Teresa Leonel seguiu caminho oposto. Lembrou à plateia de adolescentes que cada ação tem uma reação e que numa situação de aborto não há volta. “Somos senhores de nossas escolhas e sofremos as consequências delas. Devemos ter em mente que o que está se tirando do útero é uma vida”, rebateu.

Ouvindo atentamente cada argumentação, o estudante Renan Lopes, de 16 anos, que tem uma irmã mais nova, participou dos dois blocos de perguntas. De acordo com o jovem, ter um debate com exposição de ideias contrárias, ajuda a promover o respeito por pensamentos diferentes e na busca por um consenso. “Independente dos lados que assumamos, temos que entender que ambos têm os mesmos direitos”.

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