O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), disse que “houve erro de condução política” na votação do projeto de lei de autoria do senador José serra (PSDB-SP) que tira da Petrobras a prerrogativa de ser a única operadora e de ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal.
Segundo o parlamentar, quando o governo decidiu negociar o texto que foi aprovado – que prevê que a Petrobras tenha preferência na exploração em licitações futuras -, o PT já havia firmado posição contrária às alterações sugeridas pelo relator Romero Jucá (PMDB-RR).
“De manhã (quarta-feira (24), nos foi dito que a posição era contrária (ao projeto). Trabalhamos os discursos, tudo em cima disso. Depois chegou a proposta (que prevê a preferência da Petrobras). Mas nosso campo já estava muito radicalizado. A proposta (aprovada) é inegavelmente melhor do que o texto original do Serra, mas já havia um ambiente de conflagração e o pessoal (parlamentares do PT e da base aliada) não quis nem analisar. A proposta não era ruim, mas chegou no momento errado. Houve um erro de condução política. Se o governo tivesse dito antes ‘vamos negociar’, a gente teria feito. Faltou uma calibração melhor na política”, detalhou o senador.
O parlamentar disse, ainda, esperar que a Câmara “melhore” o texto do projeto aprovado pelo Senado. “Não tem como resolver em quinze, vinte minutos ou meia hora um problema que tem toda essa simbologia, por envolver a Petrobras”, observou. Ele também disse que “não viu como um problema do outro mundo” a reação de parlamentares do PT quanto a aprovação do projeto.
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que os deputados do PT cobrarão explicações do governo pelo que aconteceu no Senado, uma vez que a bancada acreditava que o governo era contrário às alterações. “Esse tema foi tratado de uma maneira muito açodada, muito precipitada no Senado. A população foi surpreendida”, disse(247)
Blog do Banana