Estratégia é iniciar de imediato conversas com líderes desses partidos, além de outros parlamentares do Centrão que emitiram sinais de diálogo logo após as eleições
Estratégia é iniciar de imediato conversas com líderes desses partidos, além de outros parlamentares do Centrão que emitiram sinais de diálogo logo após as eleições
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está tentando atrair o PSD, MDB e União Brasil, visando ampliar a base de apoio do seu governo a partir de 2023. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, “a estratégia da cúpula petista é iniciar de imediato conversas com líderes desses partidos, além de outros parlamentares do Centrão que enviaram sinais de diálogo com o petista antes mesmo de o presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro (PL) dar aval para a Casa Civil iniciar a transição de governo”.
Ainda conforme a reportagem, “interlocutores que estiveram com Lula no segundo turno relatam que ele vai usar o discurso de pacificação do Brasil para tentar atrair parlamentares. Na negociação está colocada a manutenção do poder do Congresso sobre verbas do orçamento secreto – ou de parte delas. Esta seria a ponte com o bloco de siglas consideradas mais fisiológicas, hoje alinhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)”.
Uma outra tentativa de ampliar a base de apoio está junto aos governadores eleitos, facilitando as conversas e negociações com os parlamentares no Congresso Nacional. “É preciso, antes mesmo de falar com os governadores, falar com os parlamentares e gradativamente com todos os setores organizados da sociedade”, afirmou o senador Carlos Fávaro (PSD-MT)”.
O periódico ressalta, ainda, que Lula também foi orientado a deixar de lado as críticas que fez ao Congresso durante a campanha e aceitar a manutenção do grau de influência dos parlamentares no Orçamento, mas dando transparência às emendas do orçamento secreto, revelado pelo Estadão. Aliados de Lula esperam um acordo para manter o poder dos parlamentares sobre as contas públicas da União, com ajustes pontuais e um período de transição sem solavancos”.