Questão ambiental e amazônica estará no centro de uma nova relação entre Brasil e Estados Unidos
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vai requalificar a relação entre Brasil e Estados Unidos a partir da questão ambiental. Convidado especial da COP27, que se realiza no Egito, ele irá se encontrar com John Kerry, que comanda a Autoridade Climática nos Estados Unidos, e fará também dois anúncios importantes: a criação de uma autoridade climática também no Brasil e o pedido para que o País sedie a COP30, em 2025.
“O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva é aguardado com enorme expectativa na COP27, a conferência climática da ONU que acontece no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, onde líderes políticos e da sociedade civil esperam poder reunir-se com quem assumirá o poder no Brasil em 1º de janeiro de 2023. Um dos mais interessados, segundo fontes do governo eleito, é John Kerry, o enviado especial para o clima do presidente americano, Joe Biden, além de representantes dos governos da Alemanha e da China, entre outros que participarão do evento que termina em 18 de novembro”, informam Janaína Figueiredo e Sergio Roxo, jornalistas do Globo.
“O anúncio mais importante deve ser a confirmação de que, atendendo a uma demanda de ONGs da sociedade civil, o governo eleito vai propor o Brasil como sede da COP30, em 2025. Também poderia ser confirmado o nome do futuro ministro ou ministra do Meio Ambiente, e do que alguns na equipe de transição já chamam de ‘Kerry brasileiro’, ou seja, uma autoridade especial para tratar da questão ambiental”, prosseguem os repórteres. “Entre as propostas para o meio ambiente apresentadas durante a campanha eleitoral está o compromisso de buscar o desmatamento zero na Amazônia e a emissão zero de gases que causam o efeito estufa na matriz energética. Lula também enfatizou, mais de uma vez, que pretende acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas. O petista ainda vai criar o Ministério dos Povos Originários”, destacam.