Mais uma vez, final da sessão da Câmara de Petrolina termina quase sem quorum mínimo e situação gera críticas no plenário da Casa Plínio Amorim

Por Ricardo Banana
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Na Câmara de Petrolina-PE são 23 vereadores, mas costumeiramente as reuniões plenárias terminam quase sem o quorum mínimo, ou seja, 7 vereadores presentes. O ritual tem sido motivo de críticas dos parlamentares que cumprem  o dever de casa e ficam até o término das reuniões plenárias.

Um dos principais críticos deste tipo de comportamento de alguns colegas é o vereador Ronaldo Cancão, PTB, que discursou indignado com o fato que se repete a cada sessão na Casa Plínio Amorim. Na terça, 3, ficaram 7 vereadores até o fim. Já esta quinta, 5, o debate dos “pares’ foi finalizado com apenas 11 vereadores.

“Já disse várias vezes aqui que não sou sentinela de ninguém. Sou um empregado do povo. Aqui, saem, deixam as cadeiras vazias e a gente fica falando para o vento. Vamos cumprir com nossa obrigação e deixar essas outras atividades para outro horário. São apenas dois dias de sessão”, disparou o petebista.

Para que não sejam levadas as ausências como motivo de desgaste do poder legislativo de Petrolina, Cancão aconselhou.

“Peguem o microfone e justifiquem a saída. Fiz isso ontem quando tive que me ausentar da audiência pública que ocorria, porque tinha que fazer um exame. É mais plausível e assim, a gente evita que sirvamos de chacota para a imprensa e lideranças comunitárias nas rádios. Além de fazer com que as pessoas passem a participar das sessões”, completou Ronaldo Canção que recebeu elogios por sua postura, do colega da oposição na Casa, vereador Gilmar Santos, do PT.

“Não defendo o projeto que Vossa Excelência defende, mas vejo o respeito que o senhor tem pela Casa, enquanto presença assídua. Reconheço essa sua postura. São comportamentos de colegas que fazem com que a população se ausente, pois enxergam que a gente não tem o devido respeito com esta Casa”, assinalou Gilmar.

Cancão frisa que a falta dos colegas durante toda sessão plenária, é motivo de muita angustia. Ele conta que se fosse por seu médico, só retornaria à Câmara após 30 dias, mas disse que tem compromisso com o emprego que é o povo que lhe paga e cumpre seu papel. O petebista faz um alerta.

“Essa é  a última vez que falo sobre isso. Me sinto chateado e, senhor presidente (Osório Siqueira), em 2019 estarei com Vossa Excelência na Mesa Diretora e vou propor que a ata da sessão só seja assinada a partir do meio-dia”, antecipou Cancão.

Cristina Costa também deixou escapar um “saem à francesa”, durante a fala de Ronaldo, para alfinetar os colegas que deixam a sessão antes de terminar.

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