O Partido dos Trabalhadores (PT) terá a oportunidade de resgatar sua história em Pernambuco e começar a trilhar um novo caminho em 2019. Aos 33 anos, Marília Arraes assumiu a missão de restaurar uma sigla e dar um novo rumo à vida da sociedade pernambucana.
Filha da psicóloga Sônia Valença Rocha Arraes e do administrador de empresas, Marcos Arraes de Alencar, Marília Arraes é a primeira neta do ex-governador Miguel Arraes. Em 2018, pretende, pela primeira vez, disputar um cargo majoritário para seguir os passos do avô que, por três vezes, comandou o Governo do Estado. Na sua trajetória, que já conta com três mandatos de vereadora do Recife, Marília terá muitos desafios, entre eles desbancar o projeto subserviente do senador Humberto Costa (PT) e chegar ao segundo turno para poder vencer Paulo Câmara (PSB).
Em recente pesquisa, a neta de Arraes aparece com 10% das intenções de voto e empatada tecnicamente com Armando Monteiro (PTB) e Mendonça Filho (DEM). O resultado dessa avaliação eleitoral incomodou os caciques da legenda, a citar: senador, Humberto Costa; ex-prefeito do Recife, João Paulo e o presidente da sigla no estado, Bruno Ribeiro.
Na última sexta-feira, dia 15, nem um dos citados acima apareceu na confraternização da pré-candidata, Marília Arraes, alertando a militância que o trio negocia, nos bastidores do poder, a aliança entre PT e PSB para a corrida eleitoral de 2018. Nos bastidores, os militantes do partido, alertam que a cúpula vendeu a sigla à Frente Popular de Pernambuco, mas tem dificuldade de entregar o produto, tendo em vista que a militância apoia o projeto de candidatura própria com Marília Arraes, que continua despontando na capital e no interior do estado.
O senador Humberto Costa anda tão incomodado com a candidatura de Marília Arraes que afirma aos quatro ventos que não apoiará um projeto “olímpico” em 2018, no entanto, desconstrói seu discurso, caso venha a fechar uma aliança com Paulo Câmara. Humberto está tentando a todo custo, nos bastidores do poder, essa aliança entre PT e PSB para surfar no aporte financeiro da Frente Popular de Pernambuco, assim como embarcar no palanque do governador.
Na última semana, Marília Arraes aproveitou sua confraternização, no centro do Recife, para lançar Silvio Costa candidato ao Senado na sua chapa majoritária, dando um verdadeiro escanteio ao petista Humberto Costa. Já o ex-prefeito do Recife, João Paulo, que poderia disputar um cargo a deputado federal acabou esfriando entre a militância, deixando o espaço para o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, que deverá ser o deputado mais votado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Nessa conjuntura, Marília Arraes, ainda, terá que se desdobrar para tentar convergir os interesses de todas essas lideranças e chegar a 2018 tendo o apoio de Carlos Veras, Humberto Costa, João Paulo, Bruno Ribeiro, somados a Fernando Ferro, Luciano Duque e demais lideranças, para fazer um palanque forte e vitorioso, nem que seja no segundo turno da corrida eleitoral.
Marília Arraes é a mulher que pode unir os interesses políticos, sociais e internos da legenda, para formar um palanque forte e vitorioso em 2018. (Blog do Robério Sá)