Marília Arraes investigada por irregularidades na campanha de 2020

Por Ricardo Banana
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A PF investiga se a campanha de Marília Arraes (PT-PE) para a Prefeitura de Recife em 2020 usou dinheiro de caixa 2 obtido por meio de empréstimo de um empresário apontado como agiota e operador de um esquema de desvios em contratos municipais e estaduais em Pernambuco.

A Justiça autorizou a abertura da investigação eleitoral após a PF produzir em janeiro um relatório sobre conversas de Sebastião Figueroa e André de Souza, conhecido como Cacau, marido da deputada.

O material foi encontrado no celular do motorista do empresário em uma das operações que ele é alvo.

Segundo a PF, Cacau pede na conversa um empréstimo para Figueroa no valor de R$ 1 milhão, em duas parcelas de R$ 500 mil.

Como o pedido se deu em novembro de 2020, entre o primeiro e o segundo turno da eleição, os investigadores afirmam que é “bem razoável supor que os valores solicitados” seriam utilizados na campanha.

A PF aponta no relatório que Figueroa é conhecido “agiota e financiador de campanhas, possuindo bastante disponibilidade de recursos financeiros em espécie”.

O grupo criminoso supostamente liderado por Figueroa, diz a PF, há quase uma década, é favorecido com “contratações milionárias firmadas notadamente por órgãos estaduais e por diversas prefeituras do estado de Pernambuco”.

A deputada em nota enviada pela assessoria afirmou que o marido não tem qualquer tipo de relação com Figueroa e após ser informada da investigação pelos advogados pediu perícia nos áudios para mostrar que a voz não é a dele.

Marília Arraes no texto atrela Figueroa ao PSB e diz que na disputa em 2020 o partido fez “uma das mais vis e agressivas campanhas, baseadas em inverdades e fake news”. A parlamentar ainda diz estar admirada pelo fato do caso ter sido informado à imprensa logo após ter encontrado Jair Bolsonaro e feito discurso crítico ao presidente na Câmara.

(Painel/Folhapress).

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