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Matadouro Público de Santa Maria da Boa Vista pode ser fechado e vereador critica

O abate de animais para alimentação humana, em Santa Maria da Boa Vista poderá passar a ser realizado em Unidade Regional Coordenada pelo Governo do Estado de Pernambuco, localizada em Lagoa Grande.

O noticia foi transmitida a Câmara de Vereadores do município , que havia solicitado do Pró-rural da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, a construção de uma novo matadouro público.

A possibilidade do abate de animais passar a ser realizado em outro município não agradou o presidente da Câmara, Vereador Tatá Medrado (PR). Segundo ele Boa Vista terá muita a perder caso a previsão do Prorrural se confirme. “ Se esse matadouro for para Lagoa Grande, Petrolina ou Cabrobó, o nosso produtor rural e o nosso consumidor vai pagar caro.Quem tiver um animal para abater vai vender esse animal, tirar uma guia de trânsito, para ele seguir para o matadouro regional e retornar a carne pra aqui.Quem vai pagar essa custo é o consumidor ou produtor. Nós não podemos aceitar. Por isso que eu requisitei para que todos vereadores assinassem um requerimento para o governo do Estado para que isso não aconteça” protestou.

Localizado na região do cais de Santa Maria da Boa Vista, o Matadouro Publico Municipal é responsável pela geração de pelo menos 50 empregos diretos e indiretos. Segundo a direção da unidade, semanalmente são abatidos 60 bovinos e cerca de 100 caprinos, que abastecem o comércio local de carne.

Na opinião do Gestor do Matadouro, Gean Medrado, para que a unidade possa continuar funcionando seriam necessárias apenas algumas poucas melhorias. “Falta algumas melhorias, como um maquinário melhor, algumas coisas básicas, fácil de resolver. Fechar não seria o ideal e sim melhorar” afirmou.

Mas segundo o Gerente Técnico e de Operações do Pró-rural Gutemberg Granjeiro Maciel para que a unidade de processamento de carne funcione dentro do que determina a legislação do setor, seriam necessárias uma série de adequações no atual matadouro, que teriam um alto custo para a gestão municipal.

“O abate não pode ser através de marreta ou machado e sim com equipamento próprio para isso. O coro não pode ser retirado no chão e sim com trilhamento aéreo. A estação de tratamento de resíduos tem de estar em perfeito funcionamento de acordo a legislação ambiental. Os funcionários devem todos estar com carteira assinada. E possuir equipamento de proteção. Para garantir que a carne que o consumidor vai receber seja uma carne de bom padrão. Por isso concluímos que é muito caro manter um matadouro funcionando com um bom padrão e como manda a lei. Os gestores precisam estar dispostos a pagar esse preço”, ressaltou.

De acordo com Gerente do Pró-rural, outro fator negativo em relação ao abatedouro boavistano é a sua localização, já que pela lei ambiental as unidades que processam carne não podem estar situadas na zona urbana e muito menos despejar detritos na bacia hidrográfica.

Esse é exatamente o quadro do abatedouro local ,que fica no centro da cidade e as margens do Rio São Francisco. Apesar da prever um fechamento do abatedouro local, pelo Minstério Público, Gutemberg Granjeiro ,disse estar disposto a discutir com a atual gestão municipal a viabilidade da construção de uma nova Unidade de Processamento de Carne em Santa Maria da Boa Vista.(com informações de Mário Souza)

Fonte: Grande Rio FM

Blog do Banana

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