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Em 2015, existiam 3315 mamógrafos no país, segundo relatório do Tribunal de Contas da União, sendo apenas 1650 disponíveis no sistema público de saúde, que é responsável por atender 80% da demanda.
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e o Ministério da Saúde estimam a ocorrência de 59.700 novos casos de câncer de mama para o biênio 2018/2019 – um número bastante elevado para um país urbanizado, industrializado e com população em processo de envelhecimento. A boa notícia é que o tumor é curável em até 98% dos casos, se detectado na fase inicial. O diagnóstico precoce pode, inclusive, evitar a retirada do seio.
O Dia Nacional da Mamografia é comemorado hoje (05.02) em todo o país e para ressaltar a importância do exame, a médica do Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina, Carolina Diniz, traz alguns esclarecimentos à população.
Para começar é preciso explicar sobre o exame. “A mamografia é o principal exame para detecção precoce do câncer de mama, pois ela avalia os tecidos internos, diagnosticando facilmente nódulos e tumores. Ela deve ser bem feita para não gerar uma falsa sensação de segurança à paciente e um resultado anormal deve ser seguido de investigação imediata”, ressalta.
Vale ressaltar que o exame radiológico das mamas é capaz de identificar alterações suspeitas, mas a confirmação de câncer de mama é feita em laboratório pelo exame histopatológico, que analisa uma pequena parte retirada da lesão (biópsia).
Com relação à mamografia, o Ministério da Saúde recomenda a realização deste exame a partir dos 50 anos, ou antes, caso haja casos na família.
“É bom frisar que a mamografia não tem radiação suficiente para causar danos ao corpo, sendo o benefício da detecção precoce muito maior”, garante a especialista em ultrassom. “No dia do exame as pacientes devem portar o exame anterior para comparação [se houver] e não devem usar creme, talco ou desodorante na região das mamas e axilas”, explica a Dra. Carolina.
O procedimento pode causar um pouco de dor, porque o aparelho que faz o exame comprime as mamas. “Então, o ideal é que as mulheres façam o exame fora do período pré-menstrual”, finaliza.
Dados
Em 2015, existiam 3315 mamógrafos no país, segundo relatório do Tribunal de Contas da União, sendo apenas 1650 disponíveis no sistema público de saúde, que é responsável por atender 80% da demanda.
Um destes mamógrafos está localizado no Hospital Dom Malan/IMIP e o acesso a esse serviço é feito via VIII Regional de Saúde de Pernambuco, que distribui as vagas às secretarias municipais de saúde dos sete municípios que compõem a VIII Geres para marcação. Pacientes oriundos do ambulatório de mastologia e ginecologia fazem a marcação internamente.
Pacientes com tecido denso na mama muitas vezes precisam complementar a mamografia com o exame de ultrassonografia mamária, que também é feito no HDM. Por mês, em média, são realizadas 200 mamografias pelo hospital.
O Câncer de Mama
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e o Ministério da Saúde estimam a ocorrência de 59.700 novos casos de câncer de mama para o biênio 2018/2019 – um número bastante elevado para um país urbanizado, industrializado e com população em processo de envelhecimento. A boa notícia é que o tumor é curável em até 98% dos casos, se detectado na fase inicial. O diagnóstico precoce pode, inclusive, evitar a retirada do seio.
Ascom