Minirreforma eleitoral irá favorecer os partidos maiores e acabar com os pequenos

Por Ricardo Banana
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A Câmara dos Deputados concluiu a votação da minirreforma eleitoral que trata da mudança de várias regras, como de inelegibilidade, quociente eleitoral nas eleições proporcionais, prestação de contas de candidatos e penalidades nas eleições, semana passada.

A principal mudança é na regra do quociente eleitoral, que passou de 80/20 para 100/10. Isso significa que, depois da distribuição das cadeiras do legislativo para os partidos que atingiram o índice mínimo, vão participar do preenchimento das demais vagas apenas os partidos que atingirem 100% do quociente eleitoral e seus candidatos precisam apenas atingir 10% do número de votos desse quociente eleitoral.

Essa mudança pode favorecer os candidatos de partidos maiores que eventualmente fizerem poucos votos nas eleições proporcionais. Também irá ajudar os partidos que tiverem os chamados “puxadores de votos”, elegendo candidatos com votações baixas, o conhecido “efeito Tiririca”.

De acordo com o deputado federal Gilson Marques (Novo), “nós estamos condenados a ficar com poucos e ruins partidos e piorar a representatividade, que já é baixa. Nada mais antidemocrático do que eleger um representante sem voto e deixar de fora um bem votado”.

Com informações do Conexão Política

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