Moradores reclamam de abandono público após enchente em Serra Talhada (PE)

Por Ricardo Banana
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Decretado pelo Governo de Pernambuco, como município com Estado de Emergência 3  devido as cheias do Rio Pajeú que sangrou a barragem Senador Nilo Coelho. A cidade de Serra Talhada, no Sertão pernambucano vive um cenário de tristeza e dor tanto é que para os moradores da Rua Treze de Maio, a popular ‘Rua da Lama’, no Centro de Serra Talhada, como se não bastasse a tragédia natural, os populares estão tomados pelo sentimento de abandono por parte dos executivos de Serra Talhada.

Representantes da comunidade cobram da Prefeitura local uma postura de apoio para as demais famílias que permaneceram em suas casas, mas que estão encontrando dificuldades para recomeçar a vida com móveis, roupas e mantimentos estragados. Há pessoas que sequer têm água encanada e energia elétrica.

“Está uma calamidade, a única coisa que podemos fazer é pedir a Deus. Eu só tenho R$ 89 do Bolsa Família para me sustentar. Mudei tem 5 meses para cá porque minha casa lá perto do Rodeio desabou. A casa toda está molhada e cheia de lama. Consegui ir pro abrigo, lá estão me tratando muito bem. Mas depois eu não sei como vai ser”, enumerou Janete Alves de Lopes, 58 anos, desempregada.

Assim como dona Janete, Sandra Maria da Silva, 46, mora com mais cinco pessoas em sua residência e está sem poder ficar em casa ou se quer limpá-la. “Tem oito dias que não trabalho no ponto em que eu negócio. Minha casa está cheia de lama, minha água está cortada, minha energia também. Como eu vou poder ficar em casa assim? Não apareceu ninguém aqui para ajudar em nada. Para comer hoje eu fui pedir na rua. Quero saber onde eu vou procurar ajuda? Com quem preciso falar? ”.

Resposta da Prefeitura

Por telefone, o vice-Prefeito de Serra Talhada, Márcio Oliveira, disse que faz parte do chamado ‘gabinete de crise’ montado para ajudar as famílias desalojadas pelas chuvas. Segundo ele, a prefeitura não se omitiu em socorrer os necessitados.

“Estivemos na Rua 13 de Maio e tentamos levas todas as pessoas que estavam sob risco para um outro local. Apenas duas famílias, cerca de 11 pessoas, aceitaram deixar suas casas. As demais famílias não quiseram o apoio que oferecemos”, relatou o vice-prefeito, afirmando que iria acionar a Secretaria de Desenvolvimento Social para ajudar os prejudicados.

Com informações do Farol de Notícias

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