Moro, que hoje esconde quanto lucrou com a quebra do Brasil, mandava quebrar sigilos em nome da transparência no passado

Por Ricardo Banana
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“Adversários apontam contradição entre a atitude de Sergio Moro (Podemos) agora de não revelar quanto recebeu da empresa Alvarez & Marsal e a de quando ele chefiava a Lava Jato. Em 2016, o então magistrado quebrou sigilos do ex-presidente Lula (PT) e de sua empresa de palestras para saber quem o remunerava. Além disso, como juiz, o hoje pré-candidato fazia referências frequentes à transparência”, escreve o jornalista Fábio Zanini, na coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

“Usou esse argumento, por exemplo, quando divulgou conversa entre Lula e Dilma e levantou o sigilo da delação de Antonio Palocci”, prossegue o jornalista. “Publicidade e transparência são fundamentais para a ação da Justiça e não deve o juiz atuar como guardião de segredos sombrios de agentes políticos suspeitos de corrupção”, disse Moro, sobre o caso Palocci. Em 2016, ao levantar o sigilo sobre os procedimentos que envolviam Lula na Lava Jato, argumentou que seu objetivo era “garantir transparência e ampla defesa”. No mesmo ano, ao retirar sigilo de interceptações telefônicas de Lula que envolviam conversas com a então presidente Dilma Rousseff (PT), Moro disse que a atitude propiciaria “não só o exercício da ampla defesa pelos investigados, mas também o saudável escrutínio público sobre a atuação da Administração Pública e da própria Justiça criminal.”

Até agora, o ex-juiz suspeito não aceitou revelar quanto recebeu da Alvarez & Marsal, que ganhou nada menos do que R$ 42 milhões das empresas quebradas na Lava Jato por decisões do próprio Moro.

Brasil 247

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