MST envia a nota a sociedade justificando a ocupação da Embrapa em Petrolina

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado de Pernambuco vem a público comunicar que a ocupação realizada na madrugada do dia 16/4, neste último sábado, em uma área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é mais uma ferramenta de denúncia e pressão para realização da Reforma Agrária.
Em um país, com 33 milhões passando fome, toda terra pública deve estar voltada à produção de alimentos. As famílias que realizaram a ocupação não danificaram nenhuma estrutura do órgão e nenhum animal foi ameaçado. A presença das famílias Sem Terra naquele território contribui para a preservação da própria caatinga, bioma local, através da produção de alimentos saudáveis, preservação das nascentes, dos territórios e de reconstrução do solo.
Vale ressaltar, que a preservação dos biomas e a prática sustentável no meio ambiente, sempre esteve entrelaçada com a permanência dos povos do campo, das águas e das florestas em seus territórios. Quem bate recordes de destruição ambiental não são as famílias agricultoras, e sim o agronegócio.
A ocupação é uma forma de sinalizar que a Embrapa deveria estar desenvolvendo projetos de pesquisas para a Agricultura Familiar e Camponesa, pois quando se desenvolvia, há 6 anos, era para o agronegócio. Porém, sabemos que é a agricultura familiar quem coloca a comida na mesa dos trabalhadores, e mesmo assim fica esquecida no parâmetro de pesquisa.
A Embrapa possui um papel estratégico para o desenvolvimento da Agricultura Familiar em nosso país, inclusive, quando o Governo Bolsonaro estava tentando privatizá-la, o MST se colocou na defesa da empresa. Defendemos a Embrapa e o cumprimento da função social da terra, inclusive daquelas públicas que estão sem destinação.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST

Related Posts