Na festa do crescimento do PIB, bandeira vermelha na conta de energia é aviso de que é preciso ter cuidado

Em setembro, o ONS acionou a bandeira vermelha que até dezembro pode permanecer na conta dos consumidores devido a situação dos reservatórios.

Por Ricardo Banana
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No meio da comemoração do governo diante do fato de que, no segundo trimestre de 2024, o PIB cresceu 1,4% frente ao primeiro trimestre do ano na série com ajuste sazonal, tem uma informação muito importante da coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis: Ela esclareceu que o avanço da atividade de eletricidade – que ajudou na surpresa da taxa – foi puxado pelo consumo residencial de energia, turbinado pelas altas temperaturas de sucessivas ondas de calor.

Palis também disse que o desempenho da atividade no PIB também foi impulsionada pela vigência da “bandeira verde” nas contas de luz. O que significa dizer que não houve taxa adicional sobre a conta de luz.

Euforia para o ano

A festa do governo e a euforia do mercado – que já revisou para cima as projeções de crescimento – são justificáveis. Mas tem gente esquecendo que, desde o último domingo (1º), o ONS acionou a bandeira vermelha avisando que até dezembro ela pode permanecer na conta devido a situação dos reservatórios que sustentam a produção de energia firme no horário de pico.

Dito de outra forma: a energia sem aumento de janeiro a agosto que permitiu ligar o ar condicionado e o ventilador acabou. E até o final do ano vai ter um acréscimo de R$7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. E muita gente, mesmo com melhor renda, vai pensar duas vezes de modo que a performance da eletricidade como fato novo no PIB pode não acontecer.

Mais eletricidade

Segundo o IBGE, o PIB cresceu 1,4% comparado ao primeiro trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal. O melhor resultado foi da Indústria, que cresceu 1,8%, seguida pelos Serviços que avançaram 1,0%. O crescimento na Indústria se deve aos desempenhos positivos das atividades de eletricidade, gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,2%), Construção (3,5%) e das Indústrias de Transformação (1,8%).

Também segundo o IBGE, pela ótica da despesa, o Consumo das Famílias (1,3%), o Consumo do Governo (1,3%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (2,1%) cresceram em relação ao trimestre imediatamente anterior. Ou seja, as pessoas conseguiram ter mais dinheiro no bolso.

Revisão para cima

O desempenho da economia brasileira bem acima do previsto (no máximo se previa 0,9%) para o segundo trimestre levou a uma série de revisões das projeções de crescimento do PIB neste ano.

Animado, o ministro Fernando Haddad disse que, agora, provavelmente vamos reestimar o PIB para o ano, que deve, pela força com que ele vem se desenvolvendo, deve superar em 2,7%, 2,8% e há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3. A estimativa oficial do governo era de um crescimento acumulado de 2,5% no ano.

“Nós fechamos o orçamento com um PIB estimado de 2,5%. Qualquer coisa para além disso vai se refletir no aumento de receitas, proveniente do crescimento orgânico da economia”, disse o ministro.

Ministro animador

Ministro da Fazenda tem como função o papel de animar a economia. E no caso de Haddad, se a economia crescer mais que o estimado pelo mercado, isso diminui a pressão sobre ele nas contas públicas. Então, é natural que o ministro da Fazenda comemore.

Mas como a rapadura é doce, mas não é mole, a comemoração do governo e de vários analistas, precisa incluir o fato de que a questão do custo da eletricidade vai mesmo impactar daqui para frente.

Esperando chuva

Explica-se: Até junho, apostando num inverno com chuvas acima da média histórica, o ONS despachou energia gerada por hidrelétrica sem guardar água para o período seco que vai até dezembro. Então, quando veio a onda de calor, a produção das eólicas, das solares e das hidrelétricas sustentou o consumo sem que as terminações fossem ligadas.

Só que não choveu e hoje a situação começou a preocupar o governo porque o problema não é faltar energia. Energia o Brasil tem de sobra graças às novas fontes de eólica e solar com usinas e distribuída nos telhados das residências e empresas que juntas já podem oferecer 42,1% de toda nossa matriz.

No fundo o que está acontecendo é que a partir de agora, o ONS vai ter que despachar térmica e a bandeira vermelha é o sinal de alerta. Não vai faltar energia, mas ela vai custar mais caro. Mesmo que use água que resta nos reservatórios é porque vai ter que ligar as térmicas.

Ligar as térmicas

A questão do custo da energia ainda não faz parte da preocupação dos economistas que alertam para o fato de que, com maior renda, a pressão do consumo aumenta e, consequentemente, a pressão sobre a inflação que por sua vez força a alta dos juros.

Mas a dura realidade climática está virando fator decisivo na economia. E assim como foi determinante para turbinar o PIB do segundo trimestre vai ser determinante para definir se nos terceiro e no quarto o PIB com energia mais cara vai ter a mesma performance até porque segundo os cálculos iniciais as bandeiras vermelhas acrescentam 13% a mais na conta de energia. E aí, na hora de ligar o ar condicionado, o consumidor pensa duas vezes.

Para a Kroma, WEG entra no negócio de montar usina solar

A empresa pernambucana Kroma Energia, a primeira comercializadora de energia do Nordeste, celebrou contrato de R$ 630 milhões com a WEG, empresa global brasileira de equipamentos eletroeletrônicos, para a construção do Complexo Arapuá, no Ceará cuja previsão é iniciar a operação comercial no primeiro trimestre de 2026

O que chama atenção no projeto é que ele inova com a multinacional WEG sendo responsável pela construção tanto das usinas quanto das subestações, fornecimentos dos equipamentos, módulos fotovoltaicos e inversores (importados da China) num contrato único tipo turn-key Project (projecto chave-na-mão).

Maior parque solar

O Complexo será o maior parque solar desenvolvido, até o presente momento, pelo grupo Kroma com capacidade instalada de 250 MWp e localizado no Vale do Jaguaribe, no município de Jaguaruana. O conjunto de usinas terá uma produção anual de 537 GWh, energia suficiente para abastecer mais de 288 mil residências.

Para Rodrigo Mello, CEO da Kroma Energia, a assinatura do contrato com a WEG “representa um marco para a construção do Complexa Arapuá, reforçando o compromisso da Kroma com a transição energética e a sustentabilidade”.

Novo modelo

Mas um dos grandes diferenciais está na arquitetura do contrato onde um único fornecedor de classe mundial cuida do escopo completo com os módulos fotovoltaicos, trackers, inversores, subestação de energia e conexão com a concessionária local.

Será a primeira experiência da WEG que fabrica parte desses equipamentos nesse tipo de serviço, o que poderá se transformar num novo modelo de entrega de projetos solares para empresas que estruturam mega projetos de geração solar concentrada.

TAP para Europa, EUA e Venezuela

A TAP lançou ontem uma de suas mais ousadas campanhas multidestinos para voos no Brasil, Portugal, Europa, África, Estados Unidos, Canadá, México e, acredite… Venezuela. A passagem de ida e volta, com todas as taxas incluídas, do Brasil para a Europa sai por US$580 (Classe econômica) e US 1.720 (Classe Executiva).

A campanha é para viagens entre 1º de novembro de 2024 e 31 de março de 2025 e as vendas vão até o dia 17 e se aplica a todos os destinos operados pela empresa. Durante o verão europeu, apesar da suspensão temporária dos voos para Porto Alegre, a TAP oferece 95 voos semanais para o Brasil com uma média de 13 voos/dia em 13 capitais brasileiras. Importante: o voo de ida e volta a Caracas parte de Lisboa para quem quiser visitar a capital da Venezuela.

Divulgação
Escola de Sargentos tem estande no Feicons Pernambuco – Divulgação

 

Escola de Sargentos-

O Exército estará na Ficons, que acontece no Centro de Convenções de Pernambuco com um estande da Escola de Sargentos com o propósito de aumentar a divulgação e permitir maiores esclarecimentos e conversas sobre esse Programa Estratégico.

 

 

Com informações: JC Online

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