Política

Não há votos para aprovar reforma da Previdência, admite relator

Relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, o deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), admitiu que o governo não tem votos suficientes para aprovar a Reforma. “Temos que fazer um exercício político grande para aprovar”, afirmou Oliveira Maia, em videoconferência promovida pela TV Câmara, na internet. Questionado se achava possível que a votação da PEC da reforma da previdência ocorra ainda em 2017, o deputado disse que a questão da data da votação é prerrogativa do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

PUBLICIDADE

Durante a participação na videoconferência, Oliveira Maia fez questão de enfatizar que a reforma visa “acabar com privilégios”. “Não é justo que eu que sou deputado, o juiz, promotor, possamos nos aposentar ganhando até R$ 33 mil, enquanto 98% dos trabalhadores brasileiros irão se aposentar com teto do benefício limitado a R$ 5.531,00”, afirmou. O relator defendeu a igualdade entre a aposentadoria do setor público e privado. Ele rebateu as ponderações que normalmente são feitas para defender a condição diferenciada da aposentadoria do servidor público, sob argumento de que o funcionário da iniciativa privada recebe o FGTS.

Segundo Oliveira Maia, a reforma não atinge os mais pobres. “Não é possível que pessoas comuns no Brasil fiquem contra a reforma da Previdência. A reforma atinge privilégios do setor público”. Oliveira Maia defendeu ainda uma regra de transição, mas acha inadmissível uma pessoa se aposentar com menos de 60 anos.

Oliveira Maia também rebateu as críticas recebidas dos internautas que disseram que parlamentares estariam fora da reforma da previdência. O deputado lembrou que os parlamentares estão na reforma da previdência igual a todos os brasileiros. Um parlamentar que assumir um novo mandato nas próximas eleições já vai estar submetido ao teto de R$ 5.531,00.

O deputado criticou aqueles que temem votar pela reforma da Previdência em razão das próximas eleições. “Quem quiser votar em mim, vote sabendo que sou a favor da reforma. Não estou aqui só para falar coisas agradáveis. Reforma não tira benefício de ninguém. Reforma acaba com privilégio, salva a Previdência”, disse o parlamentar. (247)

Blog do Banana

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *