Nassif diz que Bolsonaro ataca Inmetro para facilitar gasolina batizada

Por Ricardo Banana
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Depois do anúncio de ‘implosão’ do Inmetro por Jair Bolsonaro neste sábado 22, o jornalista Luis Nassif apontou, em artigo no Jornal GGN, o provável motivo para a ação: facilitar o mercado de gasolina batizada.

“Há um conjunto de atividades clandestinas utilizadas por organizações criminosas ou pelo chamado lúmpem do empresariado. São os que exploram nichos como bingo, manicômios, clínicas psiquiátricas, escolas para deficientes e, no caso das milícias, transporte público, construções irregulares em áreas de preservação, venda de gatos e de gás, venda de proteção privada, adulteração de combustíveis e de cigarros”, escreve Nassif.

“O Inmetro é essencial para todas as exportações brasileiras, de industrializados ao agronegócio. Cabe a ele fiscalizar todos os laboratórios de certificação. E a certificação é peça essencial nas exportações. É através da certificação que o exportador sabe quais as especificações técnicas e legais de cada país para onde pretende exportar. É o certificado do Inmetro que assegurará sua entrada em economias avançadas, sem risco de barreiras técnicas no caminho. É a certificação que permite o fortalecimento das pequenas e médias empresas, para produzir componentes adequados para empresas maiores”, explica.

Mais cedo, Bolsonaro anunciou: “Implodi o Inmetro. Implodi. Mandei todo mundo embora. Por quê? Há poucos meses assinaram portaria para trocar tacógrafos. Em vez de ser o normal que está aí, inventaram um digital. Ele é aferido de dois em dois anos. Passaram para um. Mandei acabar com isso aí”. Segundo reportagem do Globo, Bolsonaro ainda criticou um plano do órgão para determinar a instalação de chips em todas as bombas de combustíveis no país para coibir fraudes. (247)

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