‘Ninguém pode ver o Brasil como o paraíso dos não vacinados’, afirma prefeito João Campos Por Portal Folha de Pernambuco

Por Ricardo Banana
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O prefeito do Recife, João Campos (PSB-PE), sinalizou, durante entrevista à GloboNews, nesse domingo (5), preocupação com os não-vacinados no Brasil e em como esse cenário reverbera no mundo. Para o gestor da capital pernambucana, é necessário exigir comprovante de vacinação de viajantes estrangeiros.

“O Brasil não pode virar paraíso dos não vacinados. A gente tem que exigir o comprovante da vacinação para entrar aqui. É assim que a União Europeia está fazendo, os Estados Unidos, e a gente precisa também garantir essa exigência”, enfatizou João, informando que essa medida só pode ser adota por decisão do governo federal.

O prefeito do Recife também defende que maiores limitações sejam estabelecidas para quem não tomou a vacina. “A vacinação é uma estratégia de imunização coletiva. Somos um país muito grande, um destino turístico muito forte. Que nós não sejamos vistos como um grande celeiro de pessoas que toleram a não-vacinação”, comentou Campos, destacando que já foram investidos mais de R$ 35 milhões em toda a estrutura de vacinação do Recife.

Durante a conversa, realizada junto com os prefeitos Alexandre Kalil, de Belo Horizonte, e Ricardo Nunes, de São Paulo, o gestor municipal também falou sobre o “Carro da Vacina”, iniciativa da cidade que reforça a tentativa de alcance do público ainda não vacinado.

“Nós temos diversas formas para potencializar a vacinação, porque esse é o caminho efetivo para vencermos a pandemia. Conseguimos mais de 10 mil vacinados nos últimos 10 dias com o carro da vacina”, compartilhou João Campos.

Carnaval

Durante a entrevista, o prefeito do Recife falou que o comitê executivo entre as capitais nacionais que possuem os maiores carnavais do país – composto pelos prefeitos do Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Belo Horizonte – deve realizar nos próximos 10 dias uma nova reunião para discutir sobre a realização ou não da festa.

“Fizemos um primeiro encontro e a expectativa é que, daqui a pelo menos 10 dias, a gente possa avançar esse debate entre as gestões municipais. Cada cidade, cada prefeito, tem autonomia para decidir, mas quando a gente compartilha informações, protocolos, números, angústias e pontos seguros, a gente pode ter maior firmeza para tomar a decisão”.

(Folha de Pernambuco).

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