A administradora de empresas Gorete Fernandes, 45, estava fora do mercado de trabalho havia oito anos quando decidiu, em 2012, aplicar o conhecimento que tinha acumulado como dona de casa no próprio negócio.
— Eu estava defasada no mercado e pesquisei as franquias. Como fui dona de casa por muitos anos, aproveitei o setor aquecido pela PEC das domésticas e resolvi investir nele.
Com investimento inicial de R$ 100 mil, Gorete comprou em março deste ano logo três unidades na capital paulista da House Shine, empresa que atua na área de limpeza residencial. E o retorno não demorou a chegar. Apesar de ainda não obter lucros, as franquias já faturam o suficiente para pagar as próprias contas.
— Eu já consigo cobrir as despesas com funcionários, produtos, aluguel e impostos.
Mais experiente,a paulistana Adriana Matta, 46, já trabalha há oito anos com franquias e, no momento, administra cinco unidades da Empada Brasil em São Paulo. Segurança, maior renda, maior renda e a possibilidade de administrar o próprio negócio foram os atrativos que chamaram a pedagoga ao negócio.
E se no início o investimento foi de R$ 80 mil e a única unidade tinha apenas sete funcionários, agora cada um dos pontos de venda fatura mensalmente entre R$ 40 mil e R$ 50 mil, trazendo uma margem de lucro que chega a 15% à proprietária.
— Eu circulo diariamente por todas as lojas e faço monitoramento à distância por câmeras. A pessoa tem que acreditar no produto e gostar do que vai fazer, além de ter uma habilidade grande em administrar pessoas.
Gorete e Adriana fazem parte de um número crescente de brasileiras que estão entrando no setor de franquias. De acordo com a sócia diretora da clínica Pró-Corpo Estética, Marisa Peraro, 90% dos clientes s que procuram sua empresa pra abrir uma franquia são mulheres.
— O perfil dos nossos clientes são mulheres entre 35 e 50 anos, solteiras ou casadas, que buscam o próprio negócio para ter mais liberdade com horários, viajar, cuidar dos filhos. Mulher dá muito valor para isso.
Segundo pesquisa realizada em setembro deste ano pelo Grupo Bittencourt, a participação das mulheres no setor de franquias cresceu 25% em 2013 em relação a 2012.
O levantamento apontou ainda que, embora setores como beleza e cosméticos sejam mais propensos a ter mulheres no comando, elas estão entrando em áreas antes dominadas pelos homens, como varejo, especializados e alimentação.
A diretora de marketing do Grupo Bittencourt e uma das responsáveis pelo estudo, Lyana Bittencourt, afirma que a maior participação das mulheres no setor de franquias reflete o mercado de trabalho em geral.
— Antes era o marido que identificava a oportunidade de trabalho para a esposa, e agora são elas que estão à frente, buscando a própria satisfação profissional. A tendência é que a participação feminina no setor aumente ainda mais.
Fonte- R7
Blog do Banana