No Dia Mundial da Saúde Bucal, profissional alerta que o cuidado com a boca influencia no bem-estar geral do corpo

Por Ricardo Banana
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Engana-se quem pensa que cuidar da saúde bucal está apenas relacionado a não ter cárie, mau hálito ou doenças como gengivite. A boca é a principal porta de entrada para microorganismos, e, nesse contexto, a saúde bucal ocupa um lugar central, pois a falta de higiene da boca influencia diretamente no bem-estar geral do corpo, podendo gerar doenças sistêmicas, como doenças cardíacas ou agravar outros quadros como Diabetes. No Dia Mundial da Saúde Bucal, celebrado no dia 20 de março, especialistas alertam para a importância desses cuidados, uma vez que a saúde do corpo e a da boca estão interligadas.

“Se não criamos uma barreira que impeça ou minimize a entrada de microorganismos, seja pela higiene ou evitando hábitos nocivos, como o fumo, ou pela forma como nos alimentamos, estaremos suscetíveis a vários tipos de doença, pois, a partir da boca, pode se disseminar para o trato digestivo, como estômago e intestino, e chegando na corrente sanguínea atingir todo organismo”, alerta o Cirurgião-Dentista do SESI Saúde, Guilherme D’Amorim.

Entre as doenças que podem surgir a partir da boca, Guilherme enfatiza a endocardite bacteriana, que é uma inflamação no coração geralmente proveniente de uma infecção bucal. “Através de uma inflamação na gengiva, pode atingir a corrente sanguínea e bactérias acabam se instalando no coração, provocando um processo infeccioso”, explica. Para pacientes que têm problemas cardíacos, a situação pode ser ainda mais grave. “Para quem já se submeteu a algum procedimento cirúrgico de válvula cardíaca, por exemplo, é muito perigoso, pois essa infecção pode se instalar no músculo cardíaco, que, dependendo da gravidade, poderá levar a óbito”.

Além das doenças no corpo que estão vinculadas à saúde bucal indiretamente, Guilherme elenca que existem diversas outras diretamente ligadas. “Temos a cárie, uma das mais conhecidas, que é uma infecção bacteriana que provoca a destruição dos dentes se não tratada em estágio inicial, além das gengivites, que são inflamações que, dependendo do grau, podem ir acometendo a gengiva de modo que o dente começa a perder a sustentação óssea e vai ficando mole, ou seja, a pessoa pode perder os dentes”, alerta.

Para evitar as doenças bucais e não-bucais, o odontólogo reforça que higiene pessoal e uma boa alimentação são o caminho para manter a saúde da boca. “É preciso ter os cuidados diários, como o uso de fio dental, enxaguante, mas, principalmente, uma boa escovação. Além disso, o que também vai ajudar a ter um maior cuidado é ter uma dieta que não seja rica em açúcar”, recomenda. “E, claro, é importante ir ao dentista de 6 em 6 meses ou, dependendo da demanda do paciente, esse intervalo pode diminuir ou aumentar”.

Sistema FIEPE – Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além do SESI – que proporciona serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral – conta ainda com a FIEPE, o SENAI e o IEL. A Federação realiza a defesa de interesse do setor produtivo e contribui com o processo de internacionalização das indústrias. Com o SENAI-PE, além de formação profissional, são oferecidos os serviços de metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.

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