Em Nova York, onde participa de reuniões privadas com investidores e empresários norte-americanos neste domingo (28), a presidente Dilma Rousseff afirmou que as turbulências pelas quais passam o Brasil com o desenrolar da Operação Lava Jato não são motivo para que o País deixe de ser atrativo para investimento de gigantes multinacionais.
A presidente recebe 25 empresários brasileiros que têm investimentos de grande porte nos EUA, e entre as empresas estão Braskem – sociedade entre Odebrecht e Petrobras e que são investigadas na Lava Jato, JBS, Marfrig, Gerdau, Stefanini, Usiminas, Cosan e Suzano. Serão discutidas formas de expansão do setor produtivo no mercado americano.
Cerca de 470 executivos e representantes de grandes empresas, bancos e gestoras de recursos de Wall Street estão inscritos para participar de seminário sobre o plano de concessões em infraestrutura, que Dilma Rousseff vai encerrar na segunda-feira (29), antes de seguir para Washington.
O ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, reiterou as palavras da presidente sobre a garantia de “confiança” que o Brasil pode dar aos investidores. “A mensagem é: confiança no Brasil”, disse Monteiro.
Para o ministro, os atrativos do Brasil são grandes para os estrangeiros, a despeito “das dificuldades conjunturais”. Além das opções de projetos disponíveis, em aeroportos, portos, rodovias e ferrovias, Armando Monteiro lembra que “os ativos no Brasil estão baratos e os projetos, também”, devido à forte desvalorização do real frente ao dólar.
Mesmo a crise comprova a solidez institucional do Brasil, defendeu Armando. “Até sobre isso (escândalo), olhando na perspectiva dos investidores, isso significa que o Brasil tem poderes independentes. Tem estruturas que atuam e que não são controladas por nenhuma instância (…) Isso é importante. Porque de resto problemas você tem em todos os lugares do mundo, no mundo corporativo, os Estados Unidos têm todo um registro… Esses problemas ocorrem”.
O ministro disse ainda que o Brasil oferece outras condições fundamentais para os investidores. “O Brasil tem respeito a contratos. Pode melhorar o ambiente regulatório, claro que pode ainda, mas o Brasil tem uma institucionalidade, acho que é um país que interessa muito aos investidores”.
Brasil 247
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