O clima esquentou de novo entre os vereadores Osório Siqueira, PSB, presidente da Câmara de Petrolina (Sertão), e Dr. Pérsio Antunes, PMDB, na sessão desta quinta-feira, dia 5, a segunda do ano e novamente marcada pela troca de farpas entre os colegas. E o pano de fundo dessa estória é a eleição polêmica da Casa.
Tudo começou quando Osório colocou o nome do vereador José Batista da Gama, PDT, para ser votado e ocupar a terceira secretaria da Mesa Diretora, cargo que está vago desde terça, 3, quando Pérsio, então segundo secretário, renunciou à vaga, justificando que não poderia ficar numa Mesa em que não reconhece por ter sido declarada irregular pela justiça.
O vereador Manoel da Acosape, PHS, que era terceiro secretário da Mesa subjudice, assumiu a segunda secretaria e a sua função ficou vaga. Conforme o regimento da Casa, a função não pode ficar vaga, por isso Osório resolveu colocar para o plenário, dividido, a escolha do novo terceiro secretário. Ele ainda perguntou aos colegas do PT e da bancada do governo se indicariam um nome, mas como esses vereadores, incluindo Pérsio, estão questionando na justiça a continuidade de Osório e a Mesa em atuação na Casa, dispensaram a vaga e ainda combinaram se abster da votação.
Na discussão com a fala de Pérsio, surgiu o bate-boca dele com o presidente. Osório devolveu as alfinetadas de Pérsio e acusou o companheiro de poder de estar desestabilizando os trabalhos na Casa. “O senhor aqui quer ser estrela, mas isso aqui não vai continuar. Todas as vezes que o senhor me faltar com respeito, vou cortar o microfone”, ameaçou o presidente.
Com o microfone cortado, Pérsio não parou de falar e concluiu sua fala, devolvendo as farpas a Osório. “Esse ato seu é de ditadura. Essa casa hoje está assim”, disparou Pérsio. Com o clima já bastante alterado, Osório encerrou a sessão e não votou o nome de Zé Batista. Não havia mais quórum.
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