Por Marquezan Araújo
Em um período de 14 anos, a população idosa de Pernambuco quase dobrou. Em 2001, o número de pessoas com idade a partir de 60 anos era de 704 mil. Já em 2015, esse número atingiu a marca de 1.384 milhão. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Na avaliação de especialistas, esse dado, relacionado à diminuição da taxa de fecundidade no país – que é a quantidade de filhos que uma mulher tem durante a vida, pode comprometer as aposentadorias do estado futuramente.
Para o pesquisador do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando de Holanda Barbosa Filho, é por esse motivo que não se deve descartar a ideia de estabelecer uma idade mínima para se aposentar. “Assumindo que existe uma proporção entre os benefícios de aposentadoria e o percentual da população, a introdução de uma idade mínima é fundamental”, afirmou.
Já o coordenador de Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Rogério Nagamine, faz um alerta para outro fator que contribui para a necessidade de mudanças nas regras para se aposentar. O rombo previdenciário de Pernambuco. Segundo o IPEA, em 2015 o déficit do estado no setor estava entre 6,5% e 13% da Receita Corrente Líquida.
De acordo com Nagamine, esse prejuízo impede o investimento nas demais áreas importantes para o desenvolvimento da região. “Acaba diminuindo o passo para outros gastos sociais ou mesmo investimento em infraestrutura”, disse.
De acordo o texto que estabelece novas regras para aposentadoria, a idade mínima para conseguir o benefício é de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Em relação à aposentadoria rural, a decisão do Planalto foi de manter esse ponto fora da reforma, Logo, os agricultores familiares continuam se aposentando com idade mínima de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens.
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