O lixo das nossas portas

Por Ricardo Banana
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Como parte de um segmento social que vive indignado e inconformado com essa nefasta cultura do descarte de lixo e entulhos em terrenos baldios, venho clamar aos poderes constituídos pelo fim desse desrespeito aos direitos de muitos ou, possivelmente, da maioria.
Sem nenhum respeito aos espaços públicos e aos direitos individuais, assistimos a todo momento pessoas sem educação alguma e profundamente egoístas, se acharem no direito de manter as casas limpas às custas do transporte e descarte das suas sujeiras na frente das casas dos outros, desrespeitando normas municipais e agredindo, assim, os direitos de quem habita na mesma cidade.
Resido na Rua Marcos Passos, onde há bastante tempo testemunho a um interminável embate entre o serviço público municipal e essas pessoas mal educadas e absolutamente desrespeitadoras das leis e dos direitos coletivos.
Parte contígua da Rua Marcos Passos é um permanente lixão, apesar da administração municipal gastar quinzenalmente bastante dinheiro público com serviços de máquinas e caçambas limpando as áreas que voltam a receber lixo e entulhos ainda enquanto o trabalho de limpeza está sendo realizado.
Recentemente a prefeitura fez importantes intervenções nessa rua e adjacências, realizando obras de asfaltamento, esgotamento de águas pluviais, calçadas e sinalização, o que deverá melhorar consideravelmente a qualidade de vida nesses espaços urbanos. Entretanto, quando diariamente abrimos as portas e janelas das casas, nos deparamos com amontoados de lixo doméstico (sacos com sobras de comidas, embalagens, sofás, cadeiras e móveis imprestáveis), sobras de construções (vasos sanitários e pias quebradas, pedaços de madeiras, etc), entulhos de gesso, tijolos, telhas, pneus e galhos cortados, que secando ao relento se oferecem como estimuladores dos instintos incendiários dos Neros enrustidos que tocam fogo e produzem fumaça tóxica que sufocam as pessoas residentes nas Ruas dos Migrantes e Juscelino Kubitschek, agravando de forma acentuada os problemas de saúde, principalmente respiratórios, de doentes, idosos e crianças.
Os praticantes desses delitos não pertencem a uma determinada classe social . Na verdade, estão disseminados em quase todas.
Diariamente fotografamos carros de luxo e populares, pequenos e grandes, junto com carroças na mesma prática condenável.
Apelo para que se realize uma ação vigorosa da Prefeitura Municipal, da Câmara de Vereadores e do Ministério Público no sentido de esclarecer, educar e aplicar pesadas multas nos infratores a ponto de inibi-los.
Se alcançados os resultados que desejamos, teremos dado importante passo para nos sentirmos, efetivamente, moradores dignos dessa Petrolina que, dizem ser uma das melhores cidades para se viver.
Omar Babá Torres

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