A opinião pública, enquanto poder, tem reagido muito através das, e por conta destas redes sociais aqui, na internet.
Tanto os seguidores do juiz Sérgio Moro, os militantes do PSDB, os apartidários, a fatia progressista e os eleitores de Lula, têm insurgido em tempo real graças à facilidade e rapidez da comunicação midiática. Sem a internet, estariam destituídos deste arbítrio transformador, influenciador e formador – bem ou mal – vendo triunfar na procrastinação das notícias, os interesse escusos das diversas vertentes políticas.
Contrapondo-se a isso, a imprensa brasileira com sua concessão pública de rádio e tevê, tem controle absoluto da classe dominante. O congresso conta, e controla, com deputados e senadores, expressivo percentual de donos de estação radiofônica e afiliadas de tevê. Concessões distribuídas fartamente por governos da elite financeira a agentes da direita fundamentalista. A tevê aberta não tem espaço para debates populares. A tevê brasileira, controlada de forma oligárquica e com jornalismo tendencioso já fez sua opção pelo discurso da oposição, flerta o impeachment com cores de golpe explícito e abre sua pauta diariamente em implícita desconstrução de um governo legitimado pelo voto, mas, fragilizado em seu próprio esteio e sem política econômica com musculatura monetária e tampouco desenvolvimentista.
O governo Dilma Rousseff erra em sua improvisação econômica e embora conduzindo a política inclusiva e numa gestão de boa fé ou não, sofre pressão de aloprados e vive os percalços de uma mídia diariamente carrasca e impiedosa. Uma comunicação propagandista, do caos. Uma mídia que se agarra a quaisquer “indícios de fumaça não sei de onde” e que também sabe jogar com sua rede de caçadores profissionais e seletivos a serviço do umbigo econômico. Entre agentes financeiros, especuladores de mercados emergentes e da classe rica, resumida a um (1%) por cento de bilionários que só passeiam e mandam em quem nem sempre tem juízo. Gente que se presta a ser boba da corte.
Entretanto, a internet e as redes sociais têm tido papel fundamental na defesa da população politizada e residente nas classes B e C.
Por essa internet, os que não são escutados pelo rádio nem interessam à imprensa comprada, encontram aqui, um lugar pra falar. Isso considerando, mesmo a liberdade de expressão em forma caricata e grosseira, ignorante, mal educada, hilária e pedante; bizarra e com arroubos de fanatismo.
As redes sociais hoje garantem tudo. E estão ocupadas por partidários, gente interessada em manter empregos e privilégios e até néscios úteis. Os desonestos, os corruptos, ladrões de cofre público e hipócritas, todo mundo fala. Muitos até, sem rumo e que curtem qualquer “sujeira plantada” como se fosse uma verdade.
O Brasil amarga o preço da baixa instrução e escolaridade. Refém da publicidade imbecil e dependente da economia movida pelo interesse político conservador, egoísta e subserviente ao consenso capitalista. Incomoda muito vê essa estupidez prosperar. A isenção foi mandada embora, faz tempo, das redações ocupadas pelo jornalismo sectário e enganador.
Por Marcelo Damasceno.
#marcelodamascenoemdia
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