Um problema de saúde, uma dificuldade financeira, um estresse no trabalho, e logo você entra no modo ansiedade. O pensamento excessivamente aflitivo, sem qualquer perspectiva positiva, traz deficiências à qualidade de vida, atrapalha a produtividade profissional, gera conflitos pessoal e familiar, e, em muitos casos, leva a um estado de estagnação em diferentes níveis. Esses momentos difíceis convencionou-se chamar de “crises”. Crise política, crise econômica, crise dos transportes, do meio-ambiente, conjugal, crise, crise, crise.
Antes de mais nada, devemos colocar na mente que as crises não surgiram hoje, não são particularidades do Brasil, nem acontecem somente com você e sua família. Contudo, a forma de lidar com os problemas é que nos diferencia das demais pessoas. Podemos ficar inertes diante das opções e capacidades dentro de nós ou podemos escolher agir. Se tivermos medo da crise, a definiremos como uma fase de perdas; se escolhermos enfrentá-la, a consideraremos como um momento de mudanças e oportunidades. É uma questão pessoal que começa de dentro para fora, mas que faz a grande diferença.
Tempos atrás, a opção natural do grupo que escolheu agir seria procurar a terapia convencional, tentar compreender seu passado e, então, planejar o futuro. Muitas pessoas, porém, não têm tempo ou precisam de mudanças imediatas com resultados a ser obtidos imediatamente. Não à toa, o coach se tornou um profissional bastante procurado pelos brasileiros nos últimos anos. Palavra inglesa, coach (treinador) é considerado um especialista em comportamento humano e uma espécie de “melhor amigo”, que vai segurar a mão de quem o procura para colocá-lo no rápido caminho do alcance das metas e objetivos.
Uma das primeiras iniciativas do coach é nos fazer compreender que as pessoas consideradas bem-sucedidas não paralisam diante das crises, não permanecem ansiosas, nem se atêm ao passado. O sucesso, ensinará ele, também não é uma questão de sorte ou de azar, mas de objetivos claros e determinação ardente em alcançá-los. Nesse processo, o coach nos coloca numa autorreflexão do estado atual em que nos encontramos, nos ajuda a ver o futuro com uma perspectiva positiva e nos força a sair da ‘zona de conforto’ rumo ao alvo. “Estabelecer metas leva você de um estado de vitimização para a ação e controle de sua vida”, escreveu o master coach, Paulo Vieira, em seu livro O Poder da Ação.
Todos sabem que a crise é uma consequência e não o começo, mas poucos entendem a necessidade de tomar consciência sobre o ciclo que levou a tal problema. Como especialista comportamental, o coach vai identificar seu início (os sinais emitidos em alerta), o meio (momento da eclosão) e o fim (os danos causados). Estudado essas fases, ele preparará você psicológica e fisiologicamente para ‘encarar a crise de frente’. É então o momento de ‘focar’ no seu desejo e nas mudanças pretendidas.
Parece óbvio, e mesmo assim a falta de foco é um fator limitante em várias pessoas. Citando novamente Vieira, o foco “é a capacidade de estabelecer metas e se ater a elas”, de “produzir energia suficiente para que a meta aconteça; de sentir e visualizar o alvo”. Em outras palavras, o tamanho do nosso sucesso é determinado pela capacidade de nos mover determinadamente em direção ao que queremos.
Quando o coach consegue passar todo esse conhecimento, seu “aprendiz” sente por si mesmo a necessidade de assumir atitudes poderosas. Ele verdadeiramente passa a ter vontade de mudar, e, nesse caso, definitivamente; de estar sempre preparado para qualquer situação; a acreditar que o impossível pode ser possível; a amar aquilo que faz e saber que a diferença entre uma pessoa bem-sucedida e ele está apenas no tempo que levou até a tomada de posição, a de vencedor. Nesse ínterim, as crises pessoal, financeira, familiar, conjugal, profissional, de saúde e outras tantas se tornaram caminhos de oportunidade e transformação em uma jornada de sucesso.
*Jena Agra é graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar, Programadora Neurolinguística e Coach Integral Sistémico.
Por Jena Agra
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