O candidato a prefeito de Petrolina pelo Partido dos Trabalhadores, Odacy Amorim, encerrou nesta quarta-feira (22) a série de entrevistas políticas na Grande Rio FM Petrolina. Durante 30 minutos, o petista teve oportunidade de apresentar suas propostas de governo, esclarecer pontos polêmicos sobre sua vida política e responder a questionamentos dos eleitores.
Amorim falou, a princípio, sobre sua evolução patrimonial entre 2008 e 2012. No site do Tribunal Superior Eleitoral em 2012, foram listados bens no valor de R$ 368.973,05. Em 2012, atualmente declara imóveis, contas bancárias e veículos que, juntos, somam, R$ 481.579,83. Para ele, as insinuações de enriquecimento ilícito vêm de quem esconde seu verdadeiro patrimônio em paraísos fiscais.
“Daí, podem tirar o financiamento da casa e do carro e estou mais pobre R$ 200 mil. Muitos guardam dinheiro no exterior de maneira astuta e vem querer falar em Justiça. Sou limpo, trabalho pela sociedade. Tenho mais de 20 anos de vida pública e patrimônio de menos de R$ 400 mil de patrimônio devido a financiamentos de dois carros e uma casa”, destacou.
Caso ganhe, Odacy Amorim alega que não abandonará o compromisso que fez com os municípios que ajudaram a elegê-lo deputado Estadual. “Vou criar um consórcio das prefeituras do São Francisco e através da Ride, poderemos contribuir muito mais”, ressaltou.
Críticas
Diante dos resultados de pesquisas que indicam a presença do petista em segundo lugar na preferência de votos, Odacy negou os rumores de que desistirá da candidatura para apoiar Fernando Filho (PSB) caso a campanha fique estagnada, ressaltando que houve cooperação de partidos contra sua proposta.
“Vamos ganhar a eleição porque as pessoas percebem o ajuntamento político. O O presidente estadual do PP disse que sofria pressões, que não agüentava mais. E na última hora teve de recuar. Temos que preparar o eleitorado para entender que daqui a menos 50 dias acaba a festa, esse bate na porta, ofertas, vai acabar as propostas de dinheiro para lideranças. Ontem tivemos de interromper caminhada no Ouro Preto porque veio esse candidato com exército de pessoas pagas, com poderio econômico. Fizeram isso segunda-feira também de forma perversa”, destacou.
As ligações telefônicas feitas por Fernando Bezerra Coelho aos eleitores usando o nome da presidenta Dilma Roussef também foram alvo de críticas por parte de Odacy. “Foi o partido que decidiu que ninguém pode usar imagem de Lula ou Dilma. O eleitor é inteligente, sabe separar as coisas. O Ministro fez uma gravação após uma minha pedindo votos, me apresentando nos telefones convencionais. Eu falo por mim, o Ministro fala pelo filho. Eu vou ser prefeito, não meu pai”, alfinetou.
Propostas
Entre as suas principais metas de seu plano de governo está a gratuidade da Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Petrolina (Facape). “Quando fui prefeito, a prefeitura tinha uma receita de pouco mais de 200 milhões. Hoje são R$ 450 milhões. Vamos buscar parceria com UPE para garantir a gratuidade. Se a instituição não achar interessante, tivemos contato com Univasf e vamos buscar nos respaldar através dessas entidades. Temos uma instituição municipal que explora o povo! A gratuidade da Facape é um compromisso meu com a juventude”, destacou.
Sobre os problemas da Compesa, Odacy acredita que é necessário fazer com que a Companhia cumpra seu Plano de Metas. Porém não o fazendo, deve haver a municipalização – não privatização – do serviço.
“O prefeito Julio Lossio está deixando de dizer que há grupos fortes interessados na municipalização e, inclusive, patrocinando certos estudos na cidade. Eu dei ao Julio Lossio a autoridade através da Agência Reguladora para fiscalizar a Compesa. Hoje sou contra a privatização. Se eu assumir Petrolina, faço o Plano de Metas ser cumprido ou vou retomar o sistema de água e esgoto em Petrolina. Agora se tornou uma discussão política para criar polarização”, destacou.
O Nova Semente deverá ser mantido se Amorim for eleito, porém com reformulações. “Não fecharei nenhuma creche, mas não vamos permitir, em meu governo, pessoas fazendo feijoada aos fins de semana, vendendo roupa usada, pagando aluguel porque ganha apenas meio salário mínimo com seu trabalho no Nova Semente. ninguém terá de sacrificar para trabalhar ou faltará estrutura. Os trabalhadores receberão salário mínimo, o aluguel será pago pela prefeitura e vamos buscar terrenos no entorno para criar áreas de lazer. Vamos ampliar dentro do Brasil Carinhoso”, finalizou.
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