Neste Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23 de novembro), a oncologista pediatra do Hospital Dom Malan, Michelle Viana, chama a atenção para a necessidade de uma maior conscientização e do diagnóstico precoce para um melhor prognóstico dos pacientes vítimas do câncer infantil – que é o segundo maior causador de morte entre crianças e adolescentes de zero a 19 anos no Brasil, superado apenas pelos acidentes e mortes violentas neste grupo etário.
O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles tem boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
“Esse é um dia para falar sobre o assunto, dar visibilidade ao tema e dizer que o câncer infantil ainda mata. Por isso, a conscientização dos pais, cuidadores, responsáveis e profissionais da saúde é tão importante”, reforça a médica. O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil também é uma data para difundir os avanços técnicos-científicos sobre a doença, debater políticas públicas e apoiar as crianças com câncer e seus familiares.
Sinais e sintomas
É preciso estar atento aos sinais e sintomas que podem ser muito parecidos a doenças comuns na infância, como: perda de peso; manchas roxas e sangramento pelo corpo sem machucados; vômitos acompanhados de dor de cabeça; diminuição da visão ou perda de equilíbrio; caroço em qualquer parte do corpo, principalmente na barriga; palidez; febre prolongada sem causa identificada; dores nos ossos e nas juntas, com ou sem inchaços e crescimento do olho, podendo estar acompanhado de mancha roxa no local.
“Caso uma criança ou adolescente apresente esses sintomas é preciso procurar um especialista”, orienta Dra. Michelle.
Tratamento
O tratamento contra o câncer só tem início após o diagnóstico confirmado. “Portanto, quanto mais cedo a família procurar um médico melhor. Maiores serão as chances de cura. Na infância, em geral, a conscientização é mais voltada para o para o diagnóstico precoce mesmo, visto que a prevenção é não é possível”, complementa a oncologista.
O tratamento necessário pode envolver quimioterapia, radioterapia ou procedimento cirúrgico, e deve ser explicado ao paciente como formas de tratamento e cura do câncer.