De novo o povo foi à Câmara de Vereadores de Petrolina e em mais uma sessão tumultuada, com troca de farpas entre oposição e situação, a pauta de votação foi trancada por falta de quorum e os projetos como o que cria o Programa Municipal de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Agricultura Familiar, de autoria do Poder Executivo e o que cria o Dia Municipal dos Desbravadores, do vereador Geraldo da Acerola (PT), não foram apreciados pela Casa.
Tendo à frente o líder da oposição, vereador Ronaldo Cancão (PSL), os oposicionistas mantiveram a estratégia de não votar nenhum projeto do Poder Executivo até que o prefeito Julio Lóssio mande para a Casa Plínio Amorim a proposta salarial dos servidores municipais. Ronaldo em seu discurso disse que não iria aceitar imposição da Mesa Diretora.
O presidente Osório Siqueira (sem partido) retrucou que estava apenas cumprindo o Regimento Interno da Casa e não poderia inverter a pauta que tinha primeiro a votação dos projetos do Executivo. A manobra da oposição já interrompeu as votações em três oportunidades, mesmo assim Siqueira frisa que os trabalhos estão correndo dentro do previsto e do Regimento da Casa.
“Os vereadores discutem e terminam querendo jogar para a Mesa, mas estamos mantendo a ordem, conduzindo de acordo com o Regimento Interno da Câmara, como fizemos hoje”, concluiu o vereador Ozório Siqueira.
Osório lembrou que não pode parar o Poder Legislativo todas as vezes que os vereadores se retirarem do plenário. “Temos projetos importantes para voltar. Quinta voltaremos com a pauta e acredito que serão votados os projetos, afinal esse é o nosso papel”, acrescentou.
Indignado com a ‘jogada’ da oposição, o vereador Pérsio Antunes (PMDB) alertou que os colegas da oposição não podem conduzir os trabalhos da Câmara baseado em sindicatos, associações ou em políticos A ou B.
“Temos que fazer é a nossa parte. A Mesa o presidente vem fazendo com muita altivez, muita coragem. Não podemos aceitar é que alguns vereadores fiquem jogando para a platéia e para a Mesa, acusando alguns vereadores de mandar na Mesa Diretora. Os cinco mandam, mas quem coordena e quem determina é o presidente Osório”, declarou o peemedebista.
Outro a reclamar da falta de compromisso dos colegas oposicionistas com o povo, segundo ele próprio foi o vereador Alvolande Cruz (PRTB). “Se a gente não vota a lei, o prefeito não pode conveniar como é o caso do programa da agricultura familiar que pode não ser concretizado se perder o prazo que é só até a próxima quinta, dia 25. São pessoas que nos pagam e pagam muito bem e que pode ser prejudicado. Isso é um retrocesso, uma visão retrograda de alguns que são pagos pelo povo e se retiram, em vez de debater e de votarem os projetos de interesse do povo”, ressaltou o vereador.
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