Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias contra a Petrobras, na Câmara, interrogaram o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na manhã desta segunda-feira 31. Eles foram até Curitiba, onde Dirceu está preso.
O ex-ministro, no entanto, decidiu permanecer calado. “Seguindo orientação dos meus advogados, permanecerei em silêncio”, disse ele repetidas vezes em resposta às perguntas do relator, Luiz Sérgio (PT-RJ). Depois de terminada a lista de inscritos para perguntas, Dirceu foi liberado.
O advogado de Dirceu, Roberto Podval, já havia informado que o ex-ministro ficaria calado na CPI. João Antônio Bernardi, funcionário da empresa Saipem, é o próximo a ser ouvido pelos parlamentares.
Confira abaixo reportagem da Agência Câmara sobre a sessão:
Dirceu se mantém em silêncio durante depoimento na CPI da Petrobras
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu disse, logo no início da reunião da CPI da Petrobras em Curitiba (PR), que seguiria a orientação do seu advogado e permaneceria em silêncio durante o depoimento.
O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), perguntou se ele prestou consultoria para as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, mas Dirceu manteve a decisão de se manter em silêncio. Com isso, o relator disse que não iria mais fazer perguntas a ele.
O ex-ministro foi preso quando cumpria pena de 7 anos de prisão em regime domiciliar por envolvimento no mensalão. O Ministério Público suspeita que a empresa de consultoria dele recebeu dinheiro desviado da Petrobras. Ele nega.
Além de Dirceu, a CPI pretende ouvir hoje o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, e três empresários. Dois são executivos da empreiteira Andrade Gutierrez: Otávio Marques de Azevedo e Elton Negrão de Azevedo. O terceiro é João Antonio Bernardi Filho, representante no Brasil da empresa italiana Saipem. (247)
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