Seja por conta de nomes como Atchim, Espirro, Arrelia, Carequinha, ou qualquer outro que tenha tirado um sorriso do rosto de alguém, a imagem do palhaço está eternizada.
Ser palhaço não é só colocar um nariz vermelho, uma roupa engraçada e saber contar uma piada. O palhaço é um arquétipo social e sua função é muito séria, sincera e respeitosa. Ele é a representação da falibilidade humana, da inadequação, do ridículo que existe em cada um de nós, do ridículo que é presente na sociedade.
Trabalhar esta linguagem exige muita dedicação e, por que não dizer, disposição, pois escolher colocar um nariz vermelho – e se expor – significa escolher tirar todas as “armaduras”, as “máscaras”, as representações cotidianas.
É no trânsito que o cidadão mostra o lado mais agressivo e não esconde as mascáras. Por isto na Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo-EPTTC, Ezídio Castro Oliveira, integra a equipe de Arte Educação. Na busca de qualidade de vida melhor e um trânsito menos estressante, Ezidio, faz rir no personagem do Palhaço Pirulito.
Quando o palhaço Pirulito participa nas ruas e avenidas das blitz educativas e palestras abre-se as portas para um universo de possibilidades de troca, de riso, de jogo, que só esta figura libertária pode proporcionar. Só mesmo um palhaço é capaz de instaurar um novo espaço onde vale cantar, dançar, falar bobagens e rir de si mesmo.
A arte pode transformar espaços e pessoas. Entre todas as lições ensinadas pelo palhaço Pirulito para os alunos sobre trânsito, uma que os participantes prometem memorizar para sempre é sobre a faixa de pedestres. “Eu aprendi a respeitar a faixa de pedestres para atravessar a rua”, explica a estudante do 2º ano, Fabiana Silva, 7 anos.
O sentimento de alegria por ver um “ser tão engraçado e comprometido com um trãnsito seguro preenche o coração do Palhaço Pirulito há três décadas. Antes de ser Palhaço para ganhar o pão de cada dia ele trabalhou como operador de máquinas, vendedor de loja, papai noel.
Mas aí um dia a esposa, Ednalva Costa, ficou grávida e então coube a ele a missão de ter que garantir o sustento da família. “Ednalva estava com agenda cheia”, conta sorrindo Pirulito.
Detalhe: Ezidio Castro substitui a esposa que atuava como Palhaço. “Até hoje faço arte educação e trabalho na missão de fazer rir”, conta Ezidio.
O Palhaço Pirulito define que ver o brilho no olhar de uma criança ou a nostalgia que sente dos mais velhos por se lembrarem da infância é o que mais dá alegria, aliado ao sucesso de contribuir com a população seguir as regras corretas do trânsito.
“Acho que a vida mais me buscou para ser palhaço do que eu busquei isso”, explica Pirulito ressaltando que trabalha com um sentimento de orgulho muito grande por ser quem é… Um palhaço!
Ascom-EPTTC
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