Uma busca rápida na internet já mostra o verdadeiro mar de concursos disponíveis, que atraem cada vez mais pessoas em busca de estabilidade financeira e profissional. Mas não é uma jornada fácil, pode durar anos e desafia o candidato a se manter motivado. Entre as dicas de quem está nessa rotina de estudo e provas, estão escolher um cargo com o qual se identifique e cercar-se de pessoas que ajudem nessa jornada.
Advogada desde 2001, há três anos Érika Rodrigues Lócio decidiu incluir os estudos para concursos em sua vida. Seu principal alvo é os cargos de procuradoria. Aos 35 anos, está próxima de conseguir alcançar esse novo sonho: já passou na primeira fase do concurso do Banco Central para procurador.
Para ela, o principal motivador é a natureza da atividade. “É claro que o salário é atraente. Mas essa escolha não pode ser só pelo financeiro, é preciso estar naquilo que se tem vocação para fazer, algo que lhe inspire”. Essa visão também é indicada pelo professor de direito empresarial e de oratória da rede LFG, Alessandro Sanchez. “O primeiro grande erro que percebo é o aluno não escolher um cargo que ele vá gostar de desenvolver”. Para ele, a imagem mental de estar trabalhando no lugar, de estar atuando naquela função é uma forte fonte de inspiração.
Há outros pontos em que tanto Sanchez quanto Érika coincidem seus conselhos. Um deles é em relação à definição de metas de estudo. “Você pode ter metas como estudar determinado número de páginas num determinado período”, comenta Érika, que estuda pelo menos quatro horas por dia, de segunda a sexta-feira, e mais cinco horas aos sábados.
Outra recomendação que eles fazem é em relação à noção do tempo: a preparação para a aprovação pode levar anos. “Sempre dizemos que o candidato não estuda para passar; estuda até passar”, pontua o professor. E por isso a busca pela motivação deve ser constante para manter a determinação. “Você vai fazer 10, 20 concursos e talvez não passe. Mas um dia todo mundo passa. É só não esmorecer”, diz Érika.
Grupos – Érika divide o cotidiano de estudos com Larissa Fragoso e outra amiga. Juntas, elas não apenas compartilham conhecimentos, mas também o estímulo para continuar investindo tempo e esforço nos concursos. Para o professor Alessandro Sanchez, unir-se a grupos é muito importante, desde que eles tenham uma postura positiva. Tanto no mundo “físico” quando no virtual.
Ele lembra também que sejam quais forem os resultados das provas pelas quais o concurseiro passar ao longo do caminho, deve fugir dos extremos: nem ficar desestimulado se falhar, nem descuidado se tiver sucesso. “É preciso sempre lembrar que, a cada novo concurso, a pessoa entra com experiências diferentes, tanto de estudo quanto de prova, do que tinha. E quando tiver uma aprovação, não deve deixar que isso afete o ritmo de estudos para outros concursos”, orienta.
Alessandro acrescenta ainda que é preciso cultivar o equilíbrio emocional, que, nos casos do religiosos, pode ter ajuda da fé. “É preciso crer naquilo que você ainda não pode ver e isso ajuda muito”, comenta o professor. Ele ensina que uma boa prática é todos os dias de manhã fazer uma oração, uma meditação ou mesmo uma reflexão – para aqueles que não têm crenças espirituais – que coloque a pessoa em contato com os compromissos que assumiu consigo e lhe ajude a ter energia para continuar. (Jc Online)
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