O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que apesar de considerar cedo para avaliar o teor da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Michel Temer e o ex-assessor presidencial e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), as denúncias feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “costumam ser bem embasadas. Janot ofereceu denúncia contra Temer por corrupção passiva nesta segunda-feira (26).
“O estágio é embrionário”, disse Marco Aurélio em entrevista ao Broadcast do Estadão. O ministro disse que não vê razões para que o pedido de inquérito contra Temer seja inconsistente. “Presume-se que, em se tratando de denúncia da cúpula do Ministério Público, ela não seja inepta. E, de qualquer forma, nesses anos, ele [Rodrigo Janot] tem apresentado peças consistentes”, observou.
Apesar da defesa da peça apresentada pelo Ministério Público, o ministro evitou comentar o teor do documento. “Eu não posso comentar porque eu não conheço a denúncia. A gente não tem tempo para estudar todos os processos sob a relatoria, o que dirá processos de colegas? Ainda tem que passar pela Câmara. E aí cabe aguardar”, justificou.
Sobre o ataque desferido por Temer contra Janot – que insinuou que o procurador-geral teria recebido dinheiro com a delação da JBS – , Marco Auréllio foi enfático ao dizer que o peemedebista “talvez tenha adotado aquela máxima de que a melhor defesa é o ataque”. Para ele, Janot possui “atuação fidedigna ao seu papel público”. (247)
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