Paraguai não continuará a ‘ceder’ energia ao Brasil, diz presidente

Por Ricardo Banana
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O presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou nesta quarta-feira (8) que o país não pretende continuar a “ceder” energia ao Brasil e à Argentina, países dos quais é sócio nas hidrelétricas de Itaipu e Yacyretá, respectivamente.

“Não estamos dispostos a seguir cedendo nossa energia. E prestem bem atenção que uso a palavra ceder. Porque o que estamos fazendo é ceder ao Brasil e à Argentina, nem sequer estamos vendendo”, disse ele, de acordo com discurso publicado na página do governo paraguaio.

O Paraguai tem baixo consumo de energia, e vende aos sócios grande parte do que lhe cabe na produção das duas usinas. Franco, no entanto, diz querer estimular o uso da energia no próprio país.

“Devemos procurar trazer o que é nosso de Itaipu e Yacyretá, criar fontes de trabalho para evitar mais migrações. Para isso, a única alternativa é criar condições de segurança para poder industrializar o país”, disse ele, que assumiu a presidência do Paraguai há pouco mais de um mês, substituindo o destituído Fernando Lugo.

Brasil

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro, por meio de seu porta-voz, Tovar Nunes, afirmou que Brasil e Paraguai são cogestores de Itaipu e que o diálogo em relação à usina “é muito bom, direto e fluido”. O Itamaraty não comentou as declarações de Federico Franco, mas negou que sua posse à frente do Paraguai afete as negociações com Itaipu.

“Mesmo com todas as oscilações, nunca se deixou de produzir conjuntamente nenhum quilowatt de energia. É um relacionamento histórico, muito fluido, muito bom. Há um grande entendimento, por isso vamos continuar com esse espírito do acordo, que é dos anos 70”, informou o porta-voz.

Valor da energia

O governo Lugo conseguiu triplicar o valor pago pelo Brasil pela eletricidade de Itaipu. Um acordo também foi fechado para a construção de uma linha de transmissão entre Itaipu e Assunção, para que o país utilize mais da energia a que tem direito na usina.

Franco disse que este último projeto possibilitará a instalação de um maior número de indústrias, que igualmente deverão ser encorajadas por um preço mais conveniente de energia.

Pouco depois de assumir, o governo de Franco iniciou negociações com a multinacional Rio Tinto Alcan para a instalação de uma fábrica de alumínio, que foram paradas por divergências sobre o preço que seria fixado para a energia elétrica.

Fonte: G1

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1 comentário

Inthan 1 de setembro de 2012 - 15:14

Felipe Cps disse:Mais sobre o apage3o, do G1: O sistema volotu e0 berlinda’, afirma especialista e ex-diretor da Petrobras Para Ildo Sauer, sf3 evento clime1tico raredssimo explicaria apage3o. ‘Lie7f5es da de9cada de 90 e do inedcio dos anos 2000 ne3o foram aprendidas.’O apage3o que deixou ve1rios estados brasileiros sem luz na noite de tere7a-feira (10) revela um problema na geste3o do sistema ele9trico brasileiro para o professor de eletrote9cnica e energia da Universidade de Se3o Paulo Ildo Sauer, ex-diretor de Ge1s e Energia da Petrobre1s.“Os gestores ne3o cumpriram seu papel. As lie7f5es da de9cada de 90 e do inedcio dos anos 2000 ne3o foram aprendidas”, afirmou ele ao G1. “O sistema volotu e0 berlinda, infelizmente”, disse ele. O blecaute ocorreu e0s 22h13 da noite de tere7a. A regie3o mais afetada foi a Sudeste – Se3o Paulo, Rio de Janeiro e Espedrito Santo ficaram totalmente sem energia. Em Minas Gerais, houve apage3o total nas regif5es do Trie2ngulo Mineiro e da Zona da Mata, mas em partes de Belo Horizonte a luz ne3o caiu durante a noite. A falta de energia tambe9m afetou o interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, o interior da Bahia e partes de Pernambuco. Do outro lado da fronteira, o Paraguai, que tambe9m recebe energia de Itaipu, ficou e0s escuras, em consequeancia do que usina de Itaipu chamou de efeito dominf3 .Segundo Itaipu, por volta das 6h40, 18 das 20 unidades geradoras produziam energia para o Brasil e o ParaguaiPara Sauer, apenas um “evento da natureza raredssimo” pode ser uma “explicae7e3o aceite1vel” para o problema.“O sistema ele9trico e9 para ser muito confie1vel. Ne3o era uma hora de excesso de demanda. Um problema clime1tico normal ou uma falha normal ne3o justifica, porque a operae7e3o deveria ter transferido a carga”, afirma.Para o professor, tambe9m pode ter ocorrido um erro humano. “c9 um problema de geste3o ou um erro de operae7e3o. Falha humana acontece, mas ainda assim, se foi isso, e9 um problema de geste3o. Ne3o e9 para acontecer”, diz Sauer. “A luz amarela este1 acesa. c9 um alarme”, afirmou.Sds.

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