Parceria Brasil-China estuda impactos de eventos climáticos extremos na Caatinga

Por Ricardo Banana
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Pesquisadores do Brasil e China estão avançando em uma colaboração internacional para investigar os impactos das mudanças climáticas em ecossistemas tropicais dos dois países, dentre eles a Caatinga. O projeto liderado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Rio Claro, com participação da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), e pela Beijing Normal University, tem como objetivo analisar a influência da variabilidade climática e de eventos extremos, como o El Niño, na fenologia vegetal e suas implicações para a biodiversidade.

Dividido entre as instituições dos dois países, o projeto tem a UNESP Rio Claro liderando as atividades no Brasil, enquanto a Beijing Normal University coordena a pesquisa na China. A iniciativa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

A  atuação da Embrapa Semiárido se concentra em dois aspectos: o primeiro é  analisar o impacto de eventos climáticos extremos, como secas severas, na vegetação da caatinga. O segundo envolve o estudo das diferentes escalas espaciais e temporais aplicáveis ao monitoramento da vegetação. “Estamos avaliando as interações do clima com a vegetação a partir de diversas tecnologias”, explica Magna Moura, pesquisadora da Embrapa.

No Campo Experimental da Caatinga, em Petrolina, uma torre de referência que mede fluxos de carbono, água, radiação, precipitação e umidade do solo, dentre outros parâmetros ambientais, conta com uma câmera fenológica acoplada, que observa diariamente as respostas das plantas às variações do tempo e do clima.

“Esse monitoramento é complementado com imagens de drone, que ampliam a área de observação para cerca de cinco hectares, e de satélites como o Landsat e o MODIS, que oferecem uma visão mais ampla, com resoluções entre 30 e 500 metros”, ressalta Moura. O projeto combina esses dados da Caatinga com informações de outras regiões do Brasil e da China, permitindo uma análise mais abrangente dos impactos climáticos.

Com informações da Embrapa Semiárido

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