Com a posse para o segundo mandato à frente do Governo de Pernambuco se aproximando, o governador Paulo Câmara (PSB) ainda tenta fechar a equação administrativo versus político para a reforma administrativa.
Enquanto o gestor conversa com os aliados, a equipe técnica das pastas de Administração e Planejamento e gestão tenta desenhar e redesenhar o novo secretariado. Nos bastidores, avalia-se que três ou quatro secretarias possam sofrer alterações. Alguns auxiliares já são dados como certos para o início da gestão. O anúncio da equipe será na próxima semana.
Ainda em estudo, o projeto será enviado à Assembleia Legislativa nesta semana. Segundo o governador, algumas coisas já estão definidas, mas ainda há lacunas a fechar. “A gente deve anunciar os nomes dos novos secretários na próxima semana, dentro da nossa programação, para que dia 2 (de janeiro) efetivamente todos tomem posse. Mas estamos estudando as alterações que vamos fazer nas estruturas e isso até o final da semana a gente termina”, declarou.
Apesar de querer diminuir a estrutura, alguns aliados já demonstraram interesse em algumas pastas no formato atual. A avaliação interna é que não adianta enxugar a estrutura sem mexer em cargos e organograma. Ademais, não adianta alterar as pastas sem considerar a configuração da Esplanada dos Ministérios anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Atualmente, o governo estadual possui 22 pastas, além da Casa Militar e da Procuradoria Geral do Estado – ambas com status de secretarias. Estuda-se a possibilidade da criação da secretaria de Infraestrutura, que englobaria Cidades, Transporte e Habitação. Cogitou-se também que a secretaria-executiva de Recursos Hídricos torne-se secretaria. Avaliou-se também que mexer em Desenvolvimento Social, Criança e Juventude e Justiça e Direitos Humanos, mas há um receio de tirar a força da área social. A pasta de Trabalho pode ser fundida a outra.
Alguns nomes são dados como certo como Nilton Mota (um dos coordenadores de campanha), José Neto (chefe de gabinete), André Campos (Casa Civil), Marcelo Barros (Fazenda) e Márcio Stefanni (Turismo), porém não sabe-se em quais posições. Contudo, comenta-se a manutenção dos titulares de Defesa Social, Antônio de Pádua, e de Educação, Fred Amâncio, nos respectivos espaços. Outro nome que deve figurar na gestão é o de João Campos.
PT
Já sinalizando a possibilidade de ter candidato na eleição à Prefeitura do Recife em 2020, o PT ainda assim é considerado na nova gestão. “O PT foi um parceiro importante nas eleições e eu já havia dito isso durante a campanha, essa aliança com PT não foi só para ganhar as eleições era para nos ajudar a governar Pernambuco nos próximos quatro anos”, afirmou Câmara. (Blog da Folha)