Ainda muito jovem, conheci “doutor’ Osvaldo Coelho, a quem sempre admirei pela sua paixão pelo nosso sertão, pelos seus serviços prestados, pela profundidade de seus discursos de argumentos tão sólidos e irrepreensíveis, pela sua força e coragem, pelo seu enfrentamento à política sulista, pela sua luta incansável e constante, com ou sem mandato, em prol dos menos favorecidos, em prol do povo nordestino, do sertanejo que, como diria Euclides da Cunha, “é antes de tudo um forte”.
Ao longo de sua carreira política, quase 50 anos de vida pública, doutor Osvaldo, como respeitosamente era chamado, foi incansável na sua batalha diária em busca de recursos, de melhorias para a região Nordestina, com atenção mais que especial para o Vale do São Francisco, e jamais se intimidou diante dos obstáculos que porventura encontrou na defesa do seu amado sertão do semiárido, da educação, da agricultura, enfim, na defesa daqueles que, já tão castigados pelos efeitos da seca, careciam de mais cuidados, mereciam mais atenção do poder público.
Não se pode falar de educação, e mais especificamente da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e da Escola Técnica e Agrotécnica em Petrolina (hoje Instituto Federal-Pernambuco, de agricultura, com o seu Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, de comunicação, aqui trazendo a TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo, sem citar e dar amplo destaque à grande contribuição do eterno Deputado Federal Osvaldo Coelho que, bravamente, defendeu estes ideais até os últimos momentos de sua vida.
De uma lucidez ímpar, do alto de seus 84 anos de vida e experiência, Osvaldo Coelho era um exemplo para os seus filhos de sangue e para tantas pessoas que o adotaram como um verdadeiro pai, porque, de fato, ele cuidou do sertão do vale do São Francisco e do povo sertanejo como um pai cuida de sua casa, de sua família, com esmero, dedicação e respeito.
Petrolina perde um grande homem, um grande político, mas ele jamais será esquecido, pois deixa um grande legado de ética, de luta, de determinação, de amor pelo sertão! Ao agora saudoso, Doutor Osvaldo Coelho, todas as homenagens.
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