Ricardo Banana

Pediatra do HDM lembra importância da vacina BCG

Hoje, no Dia da Vacina BCG (01 de julho), a médica pediatra do Hospital Dom Malan, Maria Fernanda, lembra a todos sobre a importância desta vacina que protege contra a tuberculose – doença contagiosa, provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.

A vacina BCG foi criada em 1921 por Léon Calmette e Alphonse Guérin, dando origem ao nome BCG (Bacilo de Calmette e Guérin). Ela protege contra as formas graves da tuberculose, que atinge principalmente os pulmões. Se não tratada, pode provocar sérios problemas respiratórios, emagrecimento, fraqueza e até levar à morte.

“A eficácia da BCG é grande, principalmente na forma disseminada da tuberculose, em que a vacina garante cerca de 78% de proteção. Vale destacar que essa porcentagem varia de acordo com o paciente e também com o país, uma vez que as cepas utilizadas para a fabricação das vacinas podem mudar de região para região. Apesar da vacina BCG ter sido criada com a finalidade de proteger contra a tuberculose, estudos garantem que ela também garante certa proteção contra a hanseníase”, relata a médica.

Inicialmente a BCG era administrada de maneira oral, só posteriormente que se adotou a aplicação intradérmica. No Brasil, essa nova forma de utilizar a BCG foi iniciada a partir de 1968 e baseia-se na injeção da substância no braço direito, mais precisamente na região deltoideana.

Desde 1976 o Ministério da Saúde tornou obrigatória a administração da BCG em crianças. Recomenda-se que ela seja aplicada nos pequenos entre 0 e 4 anos, de preferência no bebê recém-nascido. A vacina, no entanto, apresenta algumas contraindicações, tais como para crianças com peso inferior a 2kg, imunodeficientes, desnutridas, com erupções cutâneas generalizadas e que estão realizando tratamento com corticoides. No Hospital Dom Malan, os recém-nascidos que atendem aos critérios já saem vacinados.

Atualmente a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda apenas uma dose da vacina, uma vez que a segunda dose não provoca um aumento considerável na proteção, não havendo evidências científicas de sua necessidade.

“A BCG é intradérmica e gera uma reação celular tardia que forma uma bolinha/feridinha chamada de granuloma que não dói. Desde 2019 o MS não recomenda a revacinação nas crianças que não desenvolveram a ferida”, esclarece a Dra. Fernanda. A vacina BCG pode ser encontrada nos postos de saúde e as dúvidas podem ser tiradas com a equipe de saúde da atenção básica.

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