Saúde

Pedra nos rins é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres

O deslocamento dos cálculos no interior do sistema urinário pode levar ao bloqueio da passagem de urina e o aumento da pressão intra-renal

Dor lombar intensa, unilateral e que se manifesta em ondas de 20 a 60 minutos, acompanhada por náusea, vômito e sangue na urina, formam o conjunto de sintomas conhecido como cólica ureteral, principal sinal da presença de cálculos renais. Também conhecidas como “litíases”, essas estruturas sólidas se formam através da cristalização de sais e minerais da própria urina, geralmente de maneira assintomática.

No entanto, é o seu deslocamento pelo interior do sistema urinário, que causa a cólica ureteral, que chega a afetar entre 15 e 20% da população geral, duas vezes mais comum em homens.

Segundo o médico nefrologista do Hospital Jayme da Fonte, Mário Henriques, alguns distúrbios metabólicos, infecções bacterianas e alguns hábitos elevam as chances de desenvolver esses cálculos. O especialista traz um dado alarmante: cerca de 50 a 70% dos indivíduos acometidos por litíase renal podem sofrer uma recidiva em 7 anos:

“O excesso de sal nos alimentos, consumo exagerado de proteína animal e ingestão reduzida de líquido, resultando em um volume de urina inferior a 1000 ml por dia, são fatores que aumentam a possibilidade de formação dos cálculos”, explica.

O tamanho do cálculo renal afeta diretamente no seu tratamento. Aqueles com diâmetro menor que 5mm têm maior probabilidade de serem expelidos espontaneamente, já os cálculos maiores que 7mm geralmente necessitam do suporte cirúrgico.

Nesses casos, a técnica mais indicada é a ureterorrenolitotripsia flexível endoscópica, um procedimento minimamente invasivo realizado através da endoscopia transuretral no qual ondas de choques ultrassonográficos são aplicadas sobre o cálculo para a sua fragmentação.

Fonte: DiarioPE

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