Nesta terça-feira (20), a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) registra o terceiro óbito fetal positivo para oropouche. O resultado da análise confirma novo caso de transmissão vertical (o terceira no Estado), quando a transmissão ocorre de mãe para o bebê na gestação.
Antes, ocorreram óbitos com fetos positivos para oropouche nos municípios de Rio Formoso e Ipojuca. Em um deles, até o momento, chegou-se à conclusão de que o vírus oropouche causou a morte do feto.
No momento, de acordo com a pasta, não é possível determinar se a perda gestacional desse terceiro óbito foi causada pela infecção do vírus oropouche.
“A SES-PE tem realizado monitoramento constante para investigar, juntamente com os municípios, os casos suspeitos de infecção pelo oropouche”, diz, em nota, a pasta.
A mãe do bebê, de 43 anos, não tem comorbidades (doenças crônicas) e estava na 34ª semana de gestação, o equivalente a 8 meses.
O acompanhamento do caso, realizado pela SES-PE, veio assim que a mulher apresentou sintomas sugestivos de arboviroses, como dengue, zika, chicungunha e oropouche. Ela é moradora da cidade de Machados, no Agreste Setentrional do Estado.
O diagnóstico desse novo caso foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE), a partir de amostras da mãe e do feto, que serão encaminhadas ao Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (Pará), referência nacional no estudo de arboviroses para realização de exames complementares.
“A Vigilância do Óbito Fetal de Pernambuco tem servido de referência nacional em função do êxito em localizar, captar e investigar esses casos”, ressalta a SES-PE. O Estado tem trabalhado, acrescenta a pasta, para ajudar o Sistema Único de Saúde (SUS) a ter evidências que, num futuro próximo, é possível evitar o adoecimento e as mortes.
Prevenção
A SES-PE reforça os cuidados em relação às gestantes. É importante, para o momento, que as grávidas diminuam a exposição à picada do maruim, transmissor do oropouche.
Deve-se usar roupas que protejam a pele da exposição, principalmente nos horários de penumbra (ao amanhecer e ao anoitecer), quando os vetores se mostram mais ativos.
Além disso, deve-se ter mais atenção a essas precauções em locais próximos a matas ou florestas, ou com presença de árvores frutíferas.
Com informações: JC Online