Pesquisa eleitoral encomendada pelo Banco Pactual BTG captura pela primeira vez o efeito da decisão do TSE de cassar Lula da última sexta-feira (31). Realizada pelo instituto FSB Pesquisa no sábado (1) e domingo (2), a pesquisa constatou um crescimento na candidatura de Lula: de 35% (em 25 e 26 de agosto) para 37% agora.
Na pesquisa estimulada, Bolsonaro permaneceu com 22% das indicações, Marina caiu de 9% para 5%, Ciro subiu de 5% para 7%, Alckmin permaneceu estacionado em 6%, João Amôedo tem 4% e Álvaro Dias tem 3%. A pesquisa foi realizada por telefone, como outras que o mercado financeiro tem patrocinado e institutos menores têm realizado e elas apresentam costumeiramente uma sobrevalorização de Bolsonaro e dos candidatos da direita e um subdimensionamento do nome de Lula, por não abordar os 10% mais pobres do país, que não têm telefone. Veja o quadro:
Na pesquisa espontânea, Lula apresentou uma queda de 26% para 21%, enquanto Bolsonaro subiu de 19% para os mesmos 21%, o que pode indicar uma primeira reação dos eleitores à decisão do TSE. Ciro saltou de 2% para 4%, Alckmin de 2% para 3%, assim como Marina; o candidato-banqueiro João Amôedo aparece com 3%, o mesmo índice da semana anterior, num movimento que não foi captado por nenhum outro instituto de pesquisa. Veja:
A força da transferência de Lula continua inequívoca. Nada menos que 33% do eleitorado afirma que poderá votar em Haddad na qualidade de candidato representante de Lula, dois pontos percentuais acima da rodada anterior da pesquisa. 19% dizem votar nele com certeza (18% semana passada) e 14% afirmam poder votar no ex-prefeito (13% na pesquisa anterior).