Pesquisadores do IMIP apresentam pesquisa inédita que relaciona microcefalia a possíveis carências nutricionais

Por Ricardo Banana
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Com o tema “Zika Vírus e Microcefalia: Possíveis Relações Causais com Deficiências Nutricionais”, investigam-se as interfaces entre o estado de nutrição, as doenças infecciosas e a ocorrência de malformações congênitas, incluindo a síndrome da microcefalia atribuída à ocorrência do Zika Vírus, e outros fatores associados, que interagem com alguns condicionantes nutricionais. “Estamos trabalhando há quase um ano nesta pesquisa e acreditamos que será, em escala populacional, a mais abrangente e complexa avaliação realizada no Brasil em relação ao tema, pois reúne fatores infecciosos e carências nutricionais genéricas e específicas”, disse o pesquisador e docente do IMIP, Prof. Malaquias Batista*.

O pesquisador ainda explica que com o virtual desaparecimento dos casos de Zika Vírus e do surto epidêmico de microcefalia, o projeto inicial foi modificado passando a incluir outros processos infecciosos, como a Sífilis, HIV, Toxoplasmose, Citomegalovírus, Herpes e Rubéola, juntamente com a investigação de carências nutricionais. “Nessas novas circunstâncias, está sendo operacionalizado um complexo banco de dados, contando com mais de mil avaliações e seu seguimento. É um estudo de corte que admite vários desfechos, além da microcefalia”, destacou o pesquisador.

NOVOS AVANÇOS – Neste mês de fevereiro, o grupo de pesquisadores do IMIP, responsável pela elaboração do estudo, comemorou os avanços alcançados até o momento: a conquista da marca de mil avaliações de gestantes. Vale destacar que a pesquisa está em fase de conclusão de coleta de dados e os resultados serão disponibilizados, como banco de dados para dissertações de mestrado, teses de doutorado e publicações de vários grupos de pesquisa dentro e fora do IMIP.

(*) Prof. Malaquias Batista possui especialização em Nutrição em Saúde Pública pela UFPE e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo. Ele também já foi consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS) e membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, além de ser responsável pela produção de mais de 200 trabalhos, 50 livros em cooperação com outros autores e ter contribuído para pesquisas importantes sobre a desnutrição infantil, principalmente no semiárido nordestino.

Vale destacar os estudos e a implementação de medidas de combate a esse problema no Brasil, como enriquecimento do leite desengordurado com vitamina A, a inclusão de ácido fólico em massas alimentícias, além da utilização da palma para o combate à desnutrição e carência de nutrientes.

 

Da RPress Comunicação*

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