Petrolina sempre foi uma cidade politizada e sempre soube fazer suas escolhas de forma alternada e independente

Por Ricardo Banana
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Alguns fatos marcaram a história política de Petrolina. Um deles foi a eleição de 2002, quando o clã da família Coelho de “porteira fechada” resolveu apoiar a reeleição do ex-governador Jarbas Vasconcellos (PMDB) contra o atual senador Humberto Costa (PT), que concorreria ao governo do estado contra o mdbista. Na ocasião, Humberto perdeu a eleição no estado, mas em Petrolina Humberto obteve 44 mil votos contra 25 mil de Jarbas Vasconcelos, demostrado que os Coelhos não tinham maioria dos votos da capital da Irrigação.

Naquele ano, as bolsas de apostas davam como certo uma esmagadora vitória de Jarbas Vasconcellos em Petrolina, que vinha trabalhando muito no estado, e obtinha aprovação  de 80% e apoio do governo federal, junto ao presidente Fernando Henrique Cardoso(PSDB).  Mas, apesar da resistência, os petrolinenses souberam escolher Humberto como seu governador aproveitando a onda vermelha que elegeu Lula presidente e Zé Alencar Vice.

É certo que ninguém quer tratar de uma nova eleição quando o processo da última acabou de fechar. Mas, o que se pode prever é que as oposições sempre estiveram com a maioria do eleitorado da cidade e, em se tratando de um segundo turno, o prefeito Miguel Coelho buscará “liquidar a fatura” logo no primeiro turno, mesmo com seu grupo defendendo uma pauta antipopular como a Reforma da previdência.

Em Petrolina, alguns nomes já conseguiram despontar em números de votos para obter, digamos assim, o credenciamento antecipado de seus respectivos partidos para concorrer à Prefeitura de Petrolina em 2020. A escolha, vale a pena ressaltar, dependerá da conjuntura política que será desenhada a partir da definição da sucessão e dos arranjos partidários no âmbito local. Em 2018, o senador Humberto Costa repetiu a façanha e foi o majoritário mais um vez  em Petrolina e no estado,  derrotando todas as  chapas majoritárias  em  dobradinha  desta vez com o senador Jarbas Vasconcellos(MDB), mostrando que 2020 não será fácil para as oposições. 

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